Após um mês de investigação sobre furto de veículos em concessionárias, policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) localizaram em uma chácara no bairro Barreirinha, na tarde de quinta-feira (27), três veículos em situação irregular, um deles a concessionária não havia notado o sumiço. Para a surpresa da polícia, ao entrar na casa encontraram uma fábrica de dinheiro falso.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Civil, José Adilson de Oliveira, 30 anos e Renan Choynski, 28, eram monitorados após serem identificados em imagens de furtos em diversas concessionárias de Curitiba. São envolvidos em no mínimo trinta casos.
Na tarde de quinta-feira (27), os policiais localizaram a dupla em uma uma chácara na Rua Alberto Otto. Dentro de uma das casas do terreno, alugada por José Adilson, a polícia apreendeu os materiais usados na fabricação do dinheiro. Havia uma estante onde várias notas de cem reais secavam, uma prensa para fazer a marca d’água, além de produtos químicos e papéis especiais. A namorada de um dos suspeitos que estava na residência também foi encaminhada á delegacia.
Delegado Recalcatti disse que a dupla era monitorada. Foto: Átila Alberti. |
Furtos
Na garagem foram recuperados um Focus branco furtado no dia anterior de dentro da concessionária, uma Strada e um Sentra tomado em assalto em 18 de agosto. Segundo Recalcatti, a empresa só notou que o Focus havia sido levado quando a equipe policial solicitou as imagens. Na casa foram encontradas mais de vinte chaves de carros e um crachá do modelo de uma concessionária da capital e um aparelho bloqueados de sinal, para evitar o rastreamento dos veículos. “Ficou claro que eles furtavam a chave, geralmente guardada no pneu, para depois tranquilamente voltar e cometer o furto. Quando a chave estava na ignição, já levavam”, relatou o delegado.
José Adilson e Renan tem passagens pela polícia, um deles por fabricação de dinheiro falso, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro e outro por receptação.
As investigações continuam para identificar outros integrantes do esquema. Futuramente, pode ser que o inquérito seja encaminhado à Polícia Federal por se tratar de crime relacionado a dinheiro falso.
A moradora da casa no mesmo terreno contou que frequentemente via carros diferentes na garagem, mas não desconfiava do que acontecia do lado dela. “Agora percebi o porquê dele nunca abrir a casa, não atender o telefone, nem nos cumprimentar”, disse. Vizinhos da chácara também comentaram que o movimento de carros era grande.