Operação Slim

Polícia apreende falsos remédios de emagrecer em Curitiba: pílulas eram na verdade tarja preta

Apreensão de remédios falsos feita pela Polícia Civil em Curitiba. Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (17) 13 pessoas suspeitas de produzirem e venderem remédios de emagrecer falsos. Eram seis marcas anunciadas como produtos naturais, que na verdade tinham em sua composição substâncias antidepressivas, que causam dependência e só modem ser vendidas sob prescrição médica, com a receita sendo retida na farmácia.

A Operação Slim cumpriu oito mandados de busca nos bairros CIC, Boqueirão, Hauer, Bairro Alto e Centro. Um dos pontos que vendia esses medicamentos falsos era dentro do Mercado Municipal de Curitiba.

LEIA+ Só um dos 41 presos na rinha de cães descoberta pela polícia do PR segue na cadeia

Em três meses de investigação, a Delegacia de Crimes contra a Saúde constatou que os remédios fitoterápicos não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a perícia constatou que ao invés de maracujá, alcachofra, linhaça e outros produtos naturais os remédios na verdade eram compostos de substância psicotrópicas. Entre elas, fluoxetina, bupropiona, sibutramina e diazepam, compostos de tratamento psiquiátricos que têm controle especial e venda sob retenção da receita médica – os conhecidos tarja preta. Mais amostras apreendidas nesta terça serão mandadas para a perícia.

Os remédios falsos eram vendidos em grupos de WhatsApp e outras mídias sociais, além de lojas em Curitiba. “As substâncias nesses remédios causam sérios efeitos colaterais”, ressalta a delegada Aline Manzatto, que conduz o inquérito. O crime de falsificação de remédio é hediondo e inafiançável, com pena de 10 a 15 anos de prisão.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna