Passando o rodo

PM age para acabar com tensão no Parolin e Prado Velho

Um dia depois do protesto que fechou a Avenida Comendador Franco (das Torres), na Vila Torres (Prado Velho), a Polícia Militar mobilizou, na tarde desta terça-feira (14), cerca de 100 policiais, 25 viaturas e um helicóptero para patrulhar a área. Os moradores pediam justiça e segurança, depois da morte de Felipe Vicente do Nascimento, 16 anos, assassinado sexta-feira, na guerra entre gangues da vila.

O capitão Valin, do Grupamento Aeropolicial Resgate Aéreo (Graer).explicou que o helicóptero foi fundamental para o patrulhamento e para a proteção dos policias. “Temos visão privilegiada tanto dos policiais, quanto das outras pessoas que estão em terra. Temos conosco um atirador de elite, que somente age como último recurso”. Para o tenente Cantador, responsável pela operação, o trabalho é importante para mostrar que a polícia está atenta aos acontecimentos da região.

Foram abordadas 430 pessoas, nove veículos, e uma pessoa foi presa por estar em posse de ecstasy. Vários estabelecimentos comerciais foram revistados. “Quando realizamos uma grande operação e não apreendemos armas, por exemplo, percebemos que nosso policiamento ostensivo realizado diariamente está funcionando”, conclui Cantador. Porém, alguns moradores se mostraram insatisfeitos com a operação e diziam ser desnecessárias as abordagens.

Tensão

Manifestantes atearam fogo em pneus em protesto pela morte de Felipe. Segundo familiares, o jovem se preparava para ir ao trabalho, quando foi alvejado e a morte dele está ligada à briga das duas gangues na Vila Torres. “Ele fazia estágio em uma universidade. Os assassinos mandaram ele não se mexer, apontaram armas e deram cinco tiros”, conta Josiane dos Santos, 29 anos, irmã do rapaz.

O crime é investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o delegado Fábio Amaro diz que um suspeito já foi preso.

No dia do homicídio, uma jovem teve de se esconder dentro da Unidade de Saúde do bairro. Por ser moradora da “parte de cima”, do outro lado da Rua Guabirotuba, três rapazes queria executá-la para vingar a morte do garoto.

Átila Alberti
Policiamento foi pedido em manifestação, no dia anterior.
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