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Protegido por Nossa Senhora do Pilar, Pilarzinho se uniu pra barrar assaltos, furtos e arrombamentos

Bairro protegido por Nossa Senhora do Pilar se uniu pra barrar assaltos, furtos e arrombamentos.
Bairro protegido por Nossa Senhora do Pilar se uniu pra barrar assaltos, furtos e arrombamentos. Foto: Daniel Castellano/SMCS.

Protegido por Nossa Senhora do Pilar, o bairro Pilarzinho tem 30% de área verde. Localizada na região norte de Curitiba, o bairro virou um dos mais visitados por curitibanos e turistas por causa do Parque Tanguá e da Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) – pontos turísticos da cidade. Sem contar a proximidade com o Parque Tingui e São Lourenço, Ópera de Arame e os grandes eventos na Pedreira Paulo Leminski. Apesar das belezas, o bairro enfrentou problemas nos últimos anos com a segurança pública, mas a ação do Conseg Pilarzinho ajudou a reduzir drasticamente casos de assaltos, furtos e arrombamentos na região.

O Pilarzinho está localizado na região norte da capital paranaense e faz divisa com Almirante Tamandaré e outros seis bairros de Curitiba, entre eles São Lourenço, Abranches, Bom Retiro, São João, Taboão e Vista Alegre. No que diz respeito ao tamanho, ele conta com 7,10 km² de extensão, que correspondem a 1,63% da área total da cidade. A região conta com mais de 9.800 residências, que são moradias para aproximadamente 30 mil pessoas.

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Já o nome do bairro deve-se a devoção dos primeiros habitantes e colonizadores a Nossa Senhora do Pilar, cuja capela foi fundada em 1782, e até hoje a imagem da santa permanece intacta na Cruz do Pilarzinho, um dos principais pontos da região que passou por reformas no último ano. Aliás, o comércio próximo a Cruz do Pilarzinho enfrentou dificuldades quanto à segurança. Assaltos e pequenos furtos ocorriam com certa frequência e motivou a ação do Conseg Pilarzinho para que viaturas da Polícia Militar (PM) venha a ficar nas esquinas para combater a criminalidade.

Um dos responsáveis e homem forte do Conseg Pilarzinho é o engenheiro civil Jorge Serafim, 57 anos, um dos fundadores do Conselho Comunitário de Segurança do bairro, em 2012. Atualmente, é secretário do Conseg após terminar a gestão de presidente. Serafim acredita que algumas atitudes da comunidade auxiliaram a coibir o aumento de crimes, mas que é preciso manter a postura de vigilância.

“Há uns quatro anos tivemos uma onda de assalto nas região da Unidade de Saúde Pilarzinho, proximidades da Igreja São Marcos. Foi criado o projeto ‘Vizinhança Monitorada’, em que um vizinho ajuda o outro, e assim fecha uma quadra de vigilância. Eles se organizam e com a colaboração da PM conseguimos melhorar”, explicou Serafim.

Após uma análise do resultado da ação o Conseg do Pilarzinho percebeu que os responsáveis pelos crimes eram usuários de drogas de outros bairros. “Um ponto interessante que fizemos campanha para que se formalizasse um boletim de ocorrência, pois é preciso ter a estatística para polícia agir. Deu certo”, disse Jorge.

Baile do Terror

A Sociedade Primavera foi considerada por mais de 70 anos, o ponto mais boêmio do bairro. Inaugurada em 1927 com recursos subsidiados pelos moradores e o terreno cedido pelo senhor João Gasparim, o local teve bailes históricos, tarde de matinê, festivais de música, concursos de rainhas, bingos e shows com artistas famosos como Os Incríveis, Vanusa, Sergio Reis, e tantos outros.

Registro feito em 2017 do local onde era a Sociedade Primavera.
Registro feito em 2017 do local onde era a Sociedade Primavera. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná.

No entanto, nas últimas décadas, o perfil nos bailes mudou e a confusão era vista praticamente em todos os fins de semana que se desencadeava para as ruas do bairro. “A Sociedade Primavera era um problema sério, pois tinha confusão em todo baile. Era uma bagunça e aquilo era perturbação de sossego. Algumas pessoas saiam da Sociedade e vinham fazendo delitos pelo bairro. O Conseg foi chamado na época e junto com a AIFU foi possível caçar o alvará. A perturbação de sossego é um dos grandes problemas que enfrentamos, mas é como matar barata com tiro de canhão, pois é um problema educativo”, reforçou o secretário.

Almirante Tamandaré e Ronda Parques

O Pilarzinho é vizinho de Almirante Tamandaré, cidade da Região Metropolitana de Curitiba. A pequena distância traz benefícios aos moradores do Pilarzinho que podem conseguir preços mais em conta na cidade vizinha. Contudo, tem o lado negativo que pode atrair problemas para o bairro.

Uma das adversidades é que criminosos utilizam a rota Tamandaré-Pilarzinho, e causam desconforto para quem convive ao redor .“Chamamos esse trecho de ponto crítico, e temos feito pedidos para as autoridades. O Pilarzinho é ponto de passagem para que a pessoa possa fugir para lá. Temos solicitado a melhora no policiamento. Algum tempo atrás, Uber não vinha para o bairro com medo de assalto”, comentou Serafim.

Outro ponto de preocupação do Conseg Pilarzinho são os parques. Apesar de existir um módulo da Guarda Municipal (GM) no Parque Tanguá, a direção acredita que é preciso reforçar a atenção nesses pontos abertos da cidade. “O Pilarzinho tem parques e bosques, a GM é responsável pela segurança, mas ela não tem estrutura para combater todo esse espaço. Temos o Tanguá, o São Lourenço e o Tingui que são pertos, e solicitamos um patrulhamento móvel como uma espécie de ronda pelos parques”, alertou o expert do bairro.

Onde achar o Conseg?

Caso queira ir em um Conseg próximo de casa para ser voluntário ou mesmo para fazer uma reclamação ou pedido, procure no site da Ceconseg o conselho mais perto da sua região, ou entre em contato via e-mail ( conseg@sesp.pr.gov.br) e telefone  (41) 3299-7928.

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