Perigos na pista?

Pesquisadores da UFPR avaliam trechos de rodovias do Paraná que têm risco de desmoronamento

Imagem mostra a padra que desmoronou na BR-277 e que causa grande transtorno. Foto: Arquivo.

Para tentar prevenir deslizamentos de encostas, como o que ocorreu no mês passado na região de Morretes, bloqueando a pista sentido Litoral da BR-277, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão mapeando pontos que apresentam riscos de desmonoramento em rodovias que cortam o estado.

O objetivo é identificar o que causou a queda do bloco de rocha de cerca de 30 toneladas na altura do quilômetro 42 da rodovia e, a partir dessa conclusão, identificar os riscos de desmoronamentos semelhantes em outras estradas.

Entre as causas possíveis para o desmoronamento na BR-277, a principal hipótese é que o paredão de rocha tenha se soltado devido aos tremores causados pelo trânsito pesado na rodovia, que liga as regiões agrícolas do estado ao Porto de Paranaguá.

Outra possibilidade é a dilatação da rocha provocada pelas alterações bruscas de temperatura comuns na Serra do Mar nesta época do ano.

Quando os estudos no local e em outras regiões estiverem concluídos, as informações coletadas servirão para orientar o planejamento de obras de contenção de encostas para evitar novos deslizamentos.

Trânsito complicado na BR-277

Desde o desabamento da barreira, na madrugada do dia 15 de outubro, a pista sentido Litoral está interditada no local e um desvio pela pista contrária foi providenciado para manter o tráfego nos dois sentidos da rodovia.

Mas com o trânsito operando em mão simples em um trecho de cerca de dois quilômetros devido ao desvio, os engarrafamentos se tornaram comuns, exigindo paciência e precaução dos motoristas que trafegam na rodovia.

Em alguns momentos de maior movimento, especialmente nos finais de semana, em que muitos turistas aproveitam para curtir as praias, o trecho de lentidão na rodovia nas proximidades do desvio chegou a 20 quilômetros.

Obras para liberação

Após decretar situação de emergência, permitindo a dispensa de licitação para contratar uma empresa para desobstruir a rodovia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deve assinar o contrato para o início das obras na próxima semana.

A empresa contratada terá um prazo máximo de 60 dias para a conclusão das obras, mas a previsão do DNIT é que a pista esteja liberada em cerca de um mês, com a execução da primeira parte do serviço de limpeza da pista e contenção da barreira.

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