O telefonema de uma voz feminina ainda não identificada, por volta das 7h da manhã deste sábado (19), avisando que o pedreiro Gésio Inácio Rodrigues, de 49 anos, “estava muito machucado” serviu de alerta para que familiares da vítima descobrissem que ele havia sido assassinado de forma bárbara na própria residência no Uberaba, na rua Ari dos Santos Sobrinho, próxima a Unidade Paraná Seguro (UPS) do bairro.
Pelo estado do corpo, a sessão de tortura ocorreu no início da madrugada de sábado e os autores não pouparam recursos para agredir a vítima que, segundo a perícia, deve ter morrido por conta do grave traumatismo craniano provocado por sucessivos golpes de paus, garrafa de vinho e vaso de flor.
O pedreiro ainda teve suas mãos e pé amarrados com fio de luz e a cabeça foi colocada dentro de um saco de lixo e amarrada com o fio de um carregador de celular.
“Quem fez isso estava com muita raiva da vítima e usou tudo que tinha para agredi-lo”, explicou o perito do Instituto de Criminalística, Elmir Machado de Oliveira. O perito também explicou que apesar do saco na cabeça, a língua não estava protusa (saliente) o que afasta a possibilidade da morte ter sido pela asfixia.
Um sobrinho da vítima, o encarregado César Sandoval, 34 anos, contou que o pedreiro estava sendo ameaçado por conta do seu envolvimento com drogas. “Fazia mais de dez anos que ele andava metido em confusão, mas ainda assim, quando estava limpo era uma pessoa maravilhosa”. O pedreiro já havia sido preso por receptação e, segundo os policiais do 20º Batalhão que atenderam a ocorrência, o endereço da vítima é um local conhecido pela presença constante de usuários de drogas. O sobrinho disse que a mãe de Gésio quem atendeu ao telefonema avisando que o filho estava machucado. Mas foram o irmão do pedreiro e a cunhada que se deslocaram para o endereço da vítima e encontraram o corpo.