O pedreiro Antônio Evangelista de Almeida, o “Antônio Macaco”, 55 anos, foi vítima de tentativa de homicídio em plena tarde de domingo (10), no centro de Curitiba, próximo a Câmara Municipal. Após desembarcar do ônibus, na Praça Eufrásio Correia, Antônio foi surpreendido por um casal. A mulher, com o nome “Cibele” tatuado no pescoço, tirou um revólver da bolsa e atirou. O pedreiro saiu correndo e foi ferido de raspão nos dedos da mão.
No boletim de ocorrência registrado no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (1º DP), ele relata que um taxista viu a aproximação dos suspeitos e o avisou, fazendo sinal. O motorista, então, jogou o carro pra cima dos suspeitos, que fugiram.
Antônio acredita que o atentado se deve ao fato de ele ter denunciado uma mulher, chamada Rose, que foi presa por matar o marido na região de Castro, há cerca de um ano. Esse já é o segundo atentado que sofre. Seis meses atrás, ele também foi baleado de raspão nas costas em Figueira.
Antônio disse que a mulher que ele denunciou está solta e provavelmente é ela que vem lhe perseguindo, inclusive enviando mensagens com ameaças de morte para o celular. O pedreiro é de Ibaiti, interior do Paraná, e veio para Curitiba a trabalho. Por volta das 16h45 de domingo, ele foi atacado pelo casal. A jovem loira e tatuada, aparentado 28 anos, e o homem, de meia idade, o encostaram na parede. A mulher disse: “Agora chegou a tua vez, Macaco. A Bruna já foi para o espaço e agora é a tua vez”.
Segundo Antônio, Bruna é a jovem Bruna de Souza Ferreira, 19 anos, que foi assassinada a facadas durante uma festa na Vila Verde, Cidade Industrial de Curitiba, há pouco menos de um mês. O pedreiro afirma que Bruna conhecia a mulher denunciada por ele, que ainda pode estar por trás desse crime.
Mensagens
O pedreiro também registrou outro boletim de ocorrência, dessa vez na delegacia de Guaratuba, onde estava trabalhando em fevereiro. Ele se queixou de que sua ex-namorada o acusava de enviar mensagens para o celular dela, mas não sabe o conteúdo do texto. “Ela começou a receber mensagens no celular e passou a me incriminar. Nem sei o que diziam os textos. Ela não tem como provar”, disse.
No mesmo dia do atentado, Antônio recebeu a seguinte mensagem pelo celular: “Sr. Antônio assim que vc tiver sozinho eu te pego a sua amada me contou que vc um pentelho na vida dela e mandou acabar sua vida”, diz o texto. “Acredito que alguém a mando de Rose começou a mandar essas mensagens pra mim e pra minha ex-namorada”, suspeita o pedreiro, que já trocou varias vezes o número do celular.
Apesar de tudo isso, Antônio passou a viver sob constante vigilância e se alguém chegar perto ele já sabe o que fazer: “Valente é o que corre”.