O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse nesta quarta-feira (12) que o governo federal não vai exigir nenhum aporte financeiro das concessionárias que oferecerem até 18% de desconto na tarifa de pedágio nas rodovias do Paraná. Esse era até agora o principal ponto de divergência entre os governos estadual e federal, além de alguns parlamentares. Ainda não havia um consenso sobre o percentual de desconto e nem se seria exigido um aporte ou caução por parte das empresas.

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“A gente alterou um pouco o novo modelo [proposto pelo governo do Paraná]. Antes, a partir de 1% já haveria a necessidade de aporte. Sem aporte, os concorrentes vão ser incentivados a dar um desconto maior”, disse Renan Filho, ao ser questionado sobre o assunto pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR), na sessão da Câmara de Deputados, onde falou sobre as prioridades da pasta para 2023.

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Ainda segundo o ministro, a solução exigiu uma negociação. “Eu precisei trabalhar nessa construção política. A boa notícia é que tanto o governo do Paraná quanto o governo federal têm os mesmos anseios e isso é bom. Independente da questão política estamos afinados”, disse.

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O ministro informou que tem conversado com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), e disse que está apenas aguardando o presidente Lula retornar da viagem à China para que o governo federal possa receber do Paraná as rodovias estaduais, para assim dar prosseguimento e realizar o leilão dos lotes 1 e 2, já aprovados pelo Tribunal de Contas da União. As estradas que vão para concessão foram divididas em seis lotes.

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Renan Filho disse estar animado com o novo modelo de concessão do Paraná e informou que provavelmente o modelo será replicado para todo o Brasil. Para o ministro, o modelo busca eficiência de uma concessão que leva a leilão rodovias estaduais e federais a fim de garantir um pedágio mais barato e, também, com mais investimentos.

“Será certamente a reestruturação da infraestrutura rodoviária do Paraná, com investimentos de R$ 20 bilhões”, disse Renan Filho, acrescentando que o mesmo modelo deve ser replicado nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

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