Conceito

Pátio Batel aposta em “luxo essencial” para atrair público de Curitiba às lojas

pátio batel shopping
Fachada do shopping Pátio Batel, no Batel, em Curitiba. Foto: Cassiano Rosario/Arquivo/Gazeta do Povo

Grande representante do varejo de luxo em Curitiba, o shopping Pátio Batel está estreando uma série de novidades nos próximos meses. O centro de compras, conhecido pelas grifes premium, deve ter a chegada de 16 novas operações, entre elas as marcas Salvatore Ferragamo (loja italiana de vestuário e acessórios), Nati Vozza (empresa brasileira de roupa feminina), Starbucks (rede norte-americana de cafeterias), Foxton (marca brasileira de roupas masculinas) e Tok Stok (loja brasileira de móveis e decoração).

Além disso, o empreendimento recebe a primeira unidade na América Latina da linha infantil da britânica Burberry, enquanto a loja da italiana Gucci passa por uma ampliação, ganhando o dobro de espaço.

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Mas não é apenas no mix de lojas que a empresa pretende mexer. Fernando Bonamico, superintendente do Pátio Batel, diz que o shopping quer se reposicionar e apostar no que classifica como “luxo essencial”. “A mudança de imagem é sair um pouco desse dessa visão de luxo, de consumo, de ter. [Sair] Desse desejo desenfreado e ir para um luxo mais essencial, mais antenado nas tendências do mundo. Um luxo com mais personalidade”, diz.

Bonamico exemplifica: “[A ideia é] Trazermos lojas que mostrem mais essas tendências, como a economia circular. Estamos trazendo a marca Troc, da Arezzo & Co [o brechó online foi recentemente comprado pelo conglomerado mineiro]. É uma marca de re-sale, de segunda mão, mas com itens premium. Dessa forma a gente permite que esses tecidos, essas roupas, permaneçam mais em circulação; que não sejam descartadas”, diz.

O superintendente do Pátio Batel indica também que o empreendimento deve abrir espaço para “outras experiências”, que vão além das compras, como mostras culturais e feiras gastronômicas.

O reposicionamento não deve mudar, porém, o público-alvo do shopping, um dos únicos especializados em grifes luxuosas no país. “Nosso público sempre será a classe média-alta e alta”, indica. “Mas esse público qualificado e formador de opinião não é necessariamente um público que só quer comprar produtos de marca premium, de luxo. Todos nós temos filhos. Tem que se ter marcas mais democráticas para que [esses pais] possam realizar a compra do dia a dia deles [os filhos], por exemplo. Não vai ser sempre Louis Vuitton”, pondera Bonamico.

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