Luzes coloridas, batidas eletrônicas fortes e clássicos musicais: os flashbacks dos anos 70, 80 e 90 são um fenômeno e ainda fazem muita gente sacudir o esqueleto. Seja idoso, adulto ou criança, todo mundo se diverte na hora de fazer (ou tentar fazer) o passinho. Para entrar no ritmo, algumas pessoas se reuniram em Curitiba e formaram o Grupo Super Flashback, que atualmente conta com cerca de 200 participantes.
Uma das líderes do grupo e professora de dança, Edlene Aparecida de Campos, mais conhecida como Fafá do Flashback, conta que a ideia começou há cerca de cinco anos, sem qualquer tipo de planejamento. Na época ela estava passando por uma separação e em uma noite resolveu sair para dançar e se animar. Na balada conheceu dois homens que vestiam uma camiseta escrita ‘flashback’ e que estavam arrebentando nos passinhos. Curiosa, Edlene foi conversar com eles e foi convidada para fazer parte do grupo, que tinha apenas três pessoas.
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Formado o quarteto, eles começaram a pensar em como poderiam atrair mais participantes e resolveram criar o Unidos pelo Flashback – um grupo de amizades no WhatsApp voltado para os amantes dos anos 80 e que desejavam fazer parte de algo coletivo. Liderado por Gilmar Guerra e Edlene, o grupo foi crescendo e as pessoas que faziam parte começaram a se juntar nos parques de Curitiba para dançar.
Animada com o movimento, Fafá do Flashback fez um curso básico de dança e começou a dar aulas de passinhos. “O pessoal começou a me seguir e a gostar de relembrar daquela época antiga. E foi juntando gente”, comenta.
Dança para espantar a tristeza
Durante a pandemia, Edlene fazia lives para não perder a essência do projeto e ela se surpreendeu com os bons resultados. “Depois da pandemia entraram pessoas que tinham perdido gente da família e o grupo foi só crescendo. Hoje a gente tem 200 pessoas no WhatsApp”, celebra.
Além das camisetas iguais e das reuniões para dançar e conversar, o coletivo tem o importante objetivo de animar os participantes e mandar a tristeza para longe. “O grupo cresceu mais porque começou a tirar gente da tristeza. Quando eu fazia lives não imaginava que ia crescer tanto, mas era um propósito meu ajudar porque eu tinha passado por um momento de depressão também”, afirma a professora.
O coletivo se reúne semanalmente e promove várias atividades, seja em parques, baladas ou barzinhos. Além disso, o Grupo Super Flashback também participa do projeto Menospausa, que busca ajudar com os passinhos de dança as mulheres que estão passando pela menopausa.
O que começou sem muita pretensão, hoje se tornou um vínculo poderoso. “É uma família mesmo. Todo mundo se reúne. Marcamos para ir em baladas e barzinhos. Um ajuda o outro e faz bem para as pessoas”, comenta Edlene.
E se engana quem acha que só os cinquentões, como diz Fafá, participam do grupo e das aulas de dança. Ela revela que crianças estão presentes e que também tem uma aluna de 87 anos, que sempre dança o passinho com a galera.
Quem tem interesse em participar, pode entrar em contato com o grupo pelo Facebook ou Instagram, mas Fafá garante que tem um jeito ainda melhor: “o boca boca dos anos 80, é assim que funciona. A gente vai falando e vamos nos conhecendo. O pessoa das antigas é muito isso, não tinha telefone e era assim que funcionava e a gente continua assim”, brinca.