A Prefeitura de Curitiba começa na próxima semana os testes com um ônibus 100% elétrico da brasileira Marcopolo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28) pelo prefeito Rafael Greca durante a apresentação do veículo no Passeio Público, no Centro.

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Os testes serão inicialmente na linha Interbairros II – que transporta 65 mil pessoas por dia e tem 42,5 quilômetros de trajeto -, e devem durar 30 dias.

“Trouxemos o ônibus da Marcopolo para ser apresentado aqui, no Passeio Público, o primeiro pulmão verde de Curitiba, fundado em 1884, e que é tão querido pelos curitibanos. Os ônibus elétricos, não poluentes e mais confortáveis para a população, são o futuro do transporte coletivo da nossa cidade”, disse Greca.

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“Nosso entendimento é testar todos os modelos disponíveis no mercado e colocarmos em operação os primeiros ônibus elétricos em pelo menos uma grande linha da cidade até meados do próximo ano”, completou.

O prefeito estava acompanhado do presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, do presidente do Ippuc e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, e do gerente comercial da Marcopolo, Alexandre Cervelin.

Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é uma das principais agendas do município para os próximos anos, dentro do compromisso de reduzir a emissão de poluentes. Até 2030, 33% da frota de ônibus de Curitiba deverá operar com emissão zero; alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade.

“O objetivo é melhorar a qualidade de vida do morador de Curitiba, com um transporte coletivo eficiente, sem emissões, que percorra os trajetos em menos tempo e com uma tarifa justa”, completou o presidente da Urbs.

A Marcopolo, com sede em Caxias do Sul (RS), é a terceira montadora a executar testes técnicos com ônibus 100% elétricos no transporte coletivo da capital. A Prefeitura está testando também o ônibus articulado da chinesa BYD, desde abril, e um padron da brasileira Eletra, desde maio. Os testes dessas empresas se encerram nesta semana.

Seis empresas devem executar testes com nove ônibus elétricos em Curitiba. Além de BYD, Eletra e Marcopolo, estão previstos testes com Volvo, Mercedes e Higer. Os testes servirão de base para o edital de compra dos primeiros ônibus elétricos da capital em 2024.

A Prefeitura prevê investir R$ 200 milhões na aquisição de 70 ônibus que devem ser integrados à frota do município até o fim de junho do próximo ano. Os ônibus elétricos comprados vão trafegar, inicialmente, nas linhas Inter II e Interbairros 2, que transportam, juntas, cerca de 200 mil pessoas por dia.

Modelo

A Marcopolo trouxe para Curitiba o modelo padron Attivi Integral, o primeiro ônibus elétrico da marca, com chassi e carrocerias próprios e integrante do projeto de descarbonização da multinacional brasileira. Lançado em 2022, o ônibus tem 12,95 m de comprimento, capacidade para 60 passageiros em pé e 25 sentados.

Com montagem total pela Marcopolo e mais da metade de componentes nacionais em chassis (57%) e carroceria (96%), o ônibus obteve o selo de 100% produto nacional pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). 

“Esse veículo que começa a ser testado pela Prefeitura é o nosso primeiro modelo de ônibus elétrico, levou cinco anos para ser desenvolvido pela engenharia da empresa e agora está pronto para a comercialização. Temos 30 ônibus para pronta entrega e outros 100 que já possuem componentes e que podem ser montados até o fim do ano”, disse Alexandre Cervelin, diretor comercial da Marcopolo.

Segundo ele, o desenvolvimento tecnológico e o aumento da demanda devem fazer essa indústria crescer muito nos próximos anos, inclusive com a redução dos custos da bateria, hoje o item de maior peso na definição do preço dos ônibus elétricos. Fundada há 73 anos em Caxias do Sul, a empresa tem fábricas nos cinco continentes e presença em mais de 100 países.

O ônibus Marcopolo conta com baterias na traseira e no teto, quatro câmeras de monitoramento para gravação de imagens e ainda dois lugares para passageiros em cadeiras de rodas, que embarcam por uma rampa de acesso instalada na porta do meio. O carregamento das baterias, que leva entre duas e quatro horas, será realizado na sede da empresa São José, que vai operar o veículo. A autonomia é estimada de 230 a 280 quilômetros. 

Ao todo 16 motoristas, dos quais seis mulheres, estão sendo treinados para operar o veículo. Na manhã desta quarta-feira, foi a vez da Gilza Meldola, de 44 anos, conhecer a tecnologia. Depois de trabalhar mais de dez anos como cobradora, ela está há cinco anos atuando como motorista de ônibus. “É uma emoção conhecer um ônibus elétrico, nunca tinha entrado em um. Estou muito feliz”, afirmou. 

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