Construção civil

Parceria deve dar destino certo para caliça no Paraná

Resíduos de construção civil gerados em todo o Paraná deverão ter destino certo e ecologicamente correto. Essa é a intenção de protocolo assinado no início da semana pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e os sindicatos da Indústria da Construção Civil (Sinduscons). De acordo com o documento, o objetivo é elaborar plano para implementar em todas as construções do Estado a logística reversa, processo de retorno de produtos, embalagens ou materiais para o local onde foram fabricados.

A primeira fase do plano será conduzida por técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Paraná, que vão percorrer todo o Estado para mapear a quantidade e os tipos de resíduos da construção civil. “O desafio é o interior, porque em Curitiba as políticas de logística reversa já estão bem encaminhadas. Já nas cidades menores a coisa ainda não está clara, até porque a quantidade e o tipo de resíduo provavelmente são diferentes dos produzidos na capital. Então, serão necessárias ações diferentes para o interior”, explica Adilson Luiz de Paula Souza, diretor do Senai.

Plano

Para Ivanor Fantin, assessor técnico do Sinduscon, o plano conduzirá mudança de cultura dentro das empresas de construção civil. “Quase todo o resíduo gerado na obra, seja de pequeno, médio ou grande porte, terá destino específico, o que vai resultar em economia grande para as construtoras, que também passarão a ser ecologicamente corretas”, afirma.

Fantin afirma que o plano de logística reversa também dará atenção aos pequenos construtores. “Sabemos que as grandes e médias construtoras já adotam boa parte das técnicas de separação e reaproveitamento dos materiais usados nas construções, mas as pequenas empreiteiras ainda não adotam esse tipo de prática. Então é um nicho que tem que será olhado com atenção, principalmente no interior. Nesse caso, as prefeituras serão parceiras fundamentais”, diz. A expectativa é que a pesquisa seja concluída até março de 2014 e o plano de logística reversa esteja pronto em nove meses.