O Paraná não deve exigir documentação como receita médica para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, divergindo do discurso do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, dado na última quinta-feira (23). A informação sobre a decisão do estado veio do secretário estadual de Saúde, Beto Preto, em declaração dada na noite de sexta-feira (24) ao G1.

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Ainda na sexta, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) também divulgou posicionamento em que rebate a necessidade de documento médico recomendando a dose, dando a entender que os estados podem vir a não exigir este tipo de protocolo.

O Conass defende ainda que a segurança e eficácia do uso pediátrico da vacina é apontado “por cientistas do mundo inteiro” e que campanhas de vacinação infantil promovidas no país garantiram a erradicação de diversas doenças, como a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. “Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, completa o texto.

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Queiroga disse, na quinta-feira, que o Ministério da Saúde recomendará prescrição médica para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, com termo de consentimento dos pais. Mesmo contrariando a intenção do Governo Federal, Beto Preto disse que o Paraná manterá o diálogo e gentileza ao tratar do tema.

“Dentro da segurança, para os paranaenses, nós queremos vacina para as crianças de maneira universal, ostensiva, uma grande vacinação. É para isso que estamos nos preparando”, afirmou o secretário ao G1.

Em 16 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de vacina da Pfizer para a imunização de crianças no país. A decisão, entretanto, não significa autorização para a aplicação, que cabe ao Ministério da Saúde.

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