A Penitenciária de Integração Social de Piraquara foi inaugurada nesta sexta-feira (12), pelo governador em exercício Darci Piana. A nova unidade prisional foi construída no complexo penitenciário da cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e recebeu R$ 11,6 milhões de investimento.
A nova penitenciária tem capacidade para 392 detentos homens, em uma estrutura que segundo o governo estadual, tem condições adequadas para a custódia e reintegração social. A unidade está em uma área de 19,9 mil metros quadrados, integrada ao restante do complexo de Piraquara, e possui 3,8 mil metros quadrados de área construída.
Do investimento total, cerca de R$ 2,3 milhões foram de contrapartida e aditivos oriundos do Governo do Estado. Os demais R$ 9,3 milhões são oriundos de repasse federal feito pela Caixa Econômica por meio do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional (PNASP), do Ministério da Justiça.
“Resolver o problemas em outras unidades”
Segundo Piana, a estrutura vai contribuir com melhor ocupação de outras unidades carcerárias da região, sobretudo em Curitiba. “Isso vai resolver um problema que a gente tem em outras unidades, trazendo para cá os apenados que vão ter o atendimento necessário. Embora sejam pessoas que cometeram crimes, elas devem ter a sua dignidade humana respeitada para retomaram a convivência com suas famílias após cumprirem as suas penas”, afirmou.
O governador em exercício lembrou que a construção de novas unidades prisionais faz parte de um esforço mais amplo do Governo do Estado em garantir melhores condições de trabalhos para os agentes de segurança pública. Ele citou como uma das principais medidas a transferência de 12 mil presos das carceragens da Polícia Civil para a gestão plena do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), resolvendo uma demanda histórica da instituição.
Demanda por mais vagas no sistema prisional
Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, a eficiência das forças policiais do Paraná no combate à criminalidade tem impacto direto no aumento da população carcerária, o que demanda a ampliação de vagas no sistema prisional.
“Hoje os policiais civis e militares trabalham bem equipados, e atuam de forma integrada, com apoio da Polícia Científica e da Polícia Penal que foi criada”, disse.
“A construção de novas unidades como esta de Piraquara permitem que pessoas que cometeram delitos tenham condições adequadas para que paguem pelos seus crimes e passem pelo processo de ressocialização”, concluiu Teixeira.
A unidade
A estrutura da nova unidade prisional é composta por módulo de controle, guaritas, setor administrativo, recepção de visitantes, salas de segurança, alojamento para funcionários, almoxarifado, setor de saúde e tratamento penal, parlatórios, módulos de vivência coletiva e individual, pátios de sol e de visita, salas de visita íntima, lavanderia, salas de aula e depósito para resíduos. A unidade também conta com detectores de metais e raio-X para escaneamento de bagagem.
A gestão da penitenciária será feita por policiais penais, técnicos administrativos terceirizados, equipe médica, de enfermagem, e de assistência social, além de monitores de ressocialização prisional. A expectativa é que a nova unidade entre em operação ainda em julho, quando os primeiros presos começarão a ser transferidos para a penitenciária.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto, logo após a audiência de custódia em Curitiba, os apenados serão enviados para a unidade de Piraquara.
“Aqui será feito o processo de separação, identificação do perfil de cada preso e a distribuição deles para as demais unidades. Isso proporciona um tratamento melhor por meio de uma divisão correta deles, reduzindo riscos dentro do sistema prisional”, explicou.