No dia 12 de março de 2020, o Paraná confirmava os seis primeiros casos de covid-19, doença que já circulava em algumas regiões do Brasil e foi diagnosticada no Estado um dia depois da declaração de situação de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As duas primeiras mortes no Paraná foram confirmadas após duas semanas, no dia 27 de março.

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Desde então, mais de 2,3 milhões de casos foram confirmados e 42,4 mil paranaenses foram a óbito por complicações da doença. O combate ao vírus começou antes mesmo da confirmação da circulação no Paraná. Prevendo a chegada do vírus e a gravidade da contaminação, o Estado já vinha se preparando há, pelo menos, um mês.

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“As ações da Saúde do Paraná não foram para este ou aquele município, foram para todos os municípios do Estado, desde a Capital, que tem a maior população, até as menores cidades. Essa é a regionalização proposta pelo governador Ratinho Junior”, disse o secretário de Saúde, Beto Preto.

Leitos

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Em poucos meses, o Paraná dobrou o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), somando aos 1,2 mil leitos gerais mais 2 mil leitos só para atendimento à Covid. Nesse período o Estado também investiu em respiradores e monitores, palavra até então desconhecida do dicionário popular.

Com o aumento expressivo no número de casos na chamada “segunda onda”, registrada por volta de março de 2021, com a chegada da variante Delta, os serviços de saúde ficaram sobrecarregados e foi necessário investimento para abertura de mais leitos. O Paraná somou, em junho, 4.987 leitos exclusivos para a covid, com pelo menos 90% de ocupação. Naquele período, pelo menos seis mil pessoas estavam internadas entre as unidades exclusivas, pronto atendimentos e serviços privados.

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Essa sobrecarga na rede hospitalar trouxe um novo desafio para o enfrentamento à doença: a escassez de medicamentos elencados no chamado “kit de intubação”, para sedação e manutenção da sedação de pacientes intubados em leitos de UTI. “Vivemos momentos dramáticos, nos quais chegamos perto de zerar nossos estoques de medicamentos, mas sempre conseguimos manter as aquisições em dia”, disse Beto Preto.

Vacinas

Após um 2020 turbulento, o ano de 2021 também trouxe um alento. As vacinas contra a covid-19 chegaram ao Paraná em janeiro do ano passado, inicialmente em pequenas quantidades e destinadas para grupos prioritários formados por profissionais de saúde e idosos. 

Após a segunda onda da doença, em conjunto com o avanço da imunização – mesmo que ainda restrita –, os números de casos e óbitos começaram a apresentar queda no mês de julho, sendo que os diagnósticos positivos naquele mês foram pelo menos 58% menores e as mortes reduziram 51% em relação a junho.

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Nos quatro meses seguintes, o Estado apresentou queda nos índices mês após mês, chegando a 9,3 mil casos e 128 mortes registradas em dezembro, em uma redução de mais de 90%. Porém, com a chegada da variante Ômicron, os números voltaram a subir em todo o Paraná, sugerindo uma “terceira onda” da doença. 

Janeiro de 2022 foi marcado por mais de 448 mil diagnósticos positivos para a covid, além de 561 óbitos. Mesmo com o aumento expressivo na contaminação pelo vírus, os índices de internações e mortalidade da doença se mantiveram estáveis, comprovando a efetividade dos imunizantes utilizados.

Máscaras

Passado o período considerado mais crítico da contaminação pela Ômicron, os dados epidemiológicos apresentam queda e agora o Governo do Estado se prepara para a possível flexibilização do uso de máscaras. Item indispensável durante este combate à covid-19, o uso da máscara é obrigatório por lei no Paraná, mas poderá ser dispensado em ambientes externos nos próximos dias, dependendo do cenário epidemiológico da doença. 

“A revogação dessa lei deve ser votada nos próximos dias, mas isso não vai substituir a consciência coletiva que se formou ao longo do tempo. A população precisa continuar se conscientizando que a pandemia ainda não acabou e que os cuidados são necessários, especialmente a vacinação, seja na segunda dose ou dose de reforço que centenas de pessoas deixam de tomar por acharem que estão completamente protegidas”, ressaltou o secretário.

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