As aulas de muitos colégios de Curitiba e Região Metropolitana irão começar na segunda-feira (05). Para os pais, um descanso após férias agitadas, com as crianças correndo dentro de casa. Por outro lado, chegou a hora de gastar um bom dinheiro na compra do material escolar. Uma ótima opção de economia são as papelarias de bairros, que conseguem bons descontos e um atendimento mais exclusivo.
As papelarias costumam ter todos os itens pedidos da lista de material escolar, mas em seus pequenos corredores também oferecem uma variedade de outros tipos de produtos para “fisgar” os clientes. A oferta dos itens que não estão na lista é uma estratégia dos comerciantes para manter o fluxo de clientes ao longo de todo o ano, não apenas no período pré-escolar.
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Em termos de lucratividade, essa é a melhor época do ano para as papelarias. É nela que os empresários conseguem um fôlego para aguentar os meses em que as vendas normalmente diminuem.
Júlia Moreira Alves, comanda o Pequenas Koisas, na Avenida João Gualberto no Alto da Glória, ponto tradicional do bairro com mais de 40 anos de existência. “Aumenta em 30% nossas vendas nesse período, é melhor que o Natal. O bom que os moradores aqui perto conhecem a gente, sabem que conseguem descontos que grandes lugares não dão muito. A diferença de um produto chega a R$ 10 barato aqui”, comentou Júlia.
Em um outro ponto da capital paranaense em que a papelaria de bairro segue forte é no Abranches. Natália Provence, responsável pelo Bazar e Papelaria Abranches há 22 anos, teve banca de jornal, revelou fotos e hoje tem um comércio que a comunidade admira e respeita.
“Fazemos parceria com colégios próximos, pois eles também precisam de materiais para o ano todo. Na lista da escola, os pais têm o nosso contato e pedem o orçamento. Depois desse período, as vendas caem bem, mas é preciso inovar. Focamos na linha de brinquedos e mesmo alguns produtos para casa para nos mantermos”, disse Natália.
Alice Massom fez a compra de parte do material escolar na Papelaria Abranches para os dois netos, Alberto e Adriano. Segundo a vó, a compra no bairro facilita pela distância e preço. “Eu não vou no Centro, pois aqui tem desconto e conheço todo mundo. Cheguei a fazer uma pequena pesquisa de preço e vi que não compensa ficar gastando com o deslocamento”, completou Alice.
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Tecnologia aliada das papelarias
As redes sociais e mesmo o uso das mensagens também ajudam as antigas papelarias. Muitas das vendas ou pedido de orçamento chegam por WhatsApp. “Faço parcerias com escolas próximas que colocam nosso contato na lista dos materiais. Preparamos todo o material escolar, ou seja, vendemos a solução completa dos pais. Fazemos etiquetas, encapamos e pode pedir pelo WhatsApp”, informou Natália.