Os pais de alunos que estudam no Colégio Estadual Prefeito Djalma Johnsson, localizado no bairro Rio Verde, em Colombo, estão na bronca após serem pegos de surpresa durante uma reunião realizada na última terça-feira (31). O objetivo do encontro era discutir o futuro da escola, mas os convidados pensavam se tratar de conversas sobre reformas ou coisa que o valha.

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Os pais foram surpreendidos com o recado: “a escola vai mudar de lugar”. Logo, o sentimento de revolta e indignação tomou conta dos responsáveis pelas crianças e jovens que estudam no local.

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Em funcionamento há 16 anos na região, o Djalma Johnsson já passou por outras tentativas de fechamento por parte do Governo do Estado. A última delas aconteceu em 2019, mas o Estado recuou após a pressão popular. Para os pais de alunos, o colégio é ótimo e oferece a estrutura necessária para seus filhos, além da ótima localização no bairro. A instituição chegou a alcançar a nota de 5,9 no último IDEB 2021.

Dor de cabeça

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Na última sexta-feira (27), a página da escola no Facebook, trouxe o seguinte recado aos pais e responsáveis: “No dia 26/10/2023, a direção da escola tomou conhecimento de uma decisão da SEED/NREAMNORTE, sobre o futuro da escola. Pedimos que aguardem para efetivarem a rematrícula. Por esse motivo, convocamos todos para uma reunião a ser realizada no dia 31 às 19h, no Djalma, com a chefia do Núcleo Regional de Educação”.

Mas a reunião trouxe uma grande dor de cabeça para os pais e responsáveis. Durante o encontro, eles foram informados que o Djalma Johnsson estaria de mudança para o bairro Guaraituba, em Colombo, há cerca de 5 quilômetros do atual endereço e que a decisão já estava tomada.

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Em conversa com a Tribuna do Paraná, pais de alunos da Escola Estadual Djalma Johnsson, afirmaram que estão sendo obrigados a aceitar a decisão da Secretaria Estadual de Educação. Para eles, o sentimento de desamparo é iminente, e alegam que não há motivos para a mudança de endereço. Atualmente, a região conta somente com duas escolas estaduais, sendo uma delas o Alfredo Chaves, que mudou para o formato cívico-militar.

Com uma filha autista, Silvia Regine, que trabalha como operadora de caixa em um supermercado, diz que este é o segundo ano em que a sua filha de 13 anos estuda nessa escola e não há o que reclamar da instituição. “Minha filha é autista e eu sei que esta é uma ótima escola, não tenho nenhuma reclamação sobre o tratamento deles. Nunca vi nenhum pai reclamar. Agora, quem já fez a matrícula, obrigatoriamente vai ter que levar pro Guaraituba. Pegou a gente de surpresa, não podemos escolher outra escola pro filho”, diz.

Para Angelita Amaral, mãe de uma filha de 12 anos que hoje está no 7º ano, a mensagem que chegou via WhatsApp pedindo para que os pais não fizessem a rematrícula dos filhos, só aumentou a preocupação.

“A chefe do Núcleo falou sobre problemas da escola e e que teria achado um lugar melhor para colocar a escola. Mas é em outra comunidade e que este local atual seria entregue. Ou seja, a população daqui ficará sem escola. O outro colégio aqui da região é longe e lá é militarizada, nem todos os pais querem mandar seus filhos para lá. E o Djalma é a única que não é militarizada. Os professores são competentes, a direção é competente. O atendimento é ótimo”, desabafa.

Sem estrutura?

De acordo com os pais, um dos principais motivos abordados pela Secretaria de Educação seria a falta de estrutura do local, o que para eles não faz sentido. “É uma boa escola. Inclusive a razão de estarmos reivindicando é que ela atende todos os pais da região. Ela tem um alto índice do Ideb de colombo, tem aula de taekwondo, é muito boa, mas sempre alegam questões financeiras e estrutura”, diz Silvia.

Ketty Cristina do Nascimento, mãe do Daniel, que está no 8º ano, afirma que a escola tem estrutura suficiente para atender os alunos da região. “Estão socando goela abaixo essa mudança. O ensino aqui é ótimo. A escola tem toda estrutura para meu filho estudar. Meu filho, quando veio para o Djalma melhorou muito, e ele é ótimo aluno, hoje ele participa da Olimpíada de Matemática. Eles conhecem nossos filhos pelo nome. Não concordo com a mudança”, conta.

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Durante as entrevistas, os pais relataram que a escola passou por diversas revitalizações durante os anos, como instalação de câmeras de segurança, ar-condicionado, calçamento, entre outras melhorias.

A alegação é falta de estrutura, mas funciona há 16 anos, são 25 alunos por turma, indice ideb alto, a escola é a preferida pelos pais. Ali tem camera, ar condicionado, tem calçamento, houve melhorias,porque agora após 16 anos vem isso?

“Estamos ficando desamparados. Precisamos que o colégio continue, achamos que abririam outro colégio para atender o bairro e não o fechamento. Disseram que iriam atender outra região, mas e a gente? Estamos precisando de ajuda? Só no nosso grupo de WhatsApp são 70 pais que estão desesperados”, lamenta, Ketty.

E aí, Secretaria de Educação?

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que: “O Colégio Estadual Djalma Johnsson, no município de Colombo, está instalado em edifício de propriedade particular, não sendo desta forma, possível a alteração da estrutura original por parte da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR).

A Seed-PR está empenhada em examinar estratégias destinadas a resolver a situação de maneira a minimizar qualquer impacto no andamento regular das aulas, tendo como objetivo principal garantir que as atividades escolares ocorram sem interrupções significativas durante o processo de melhoria das instalações.

A Secretaria informa ainda que, somente neste ano, mais de 55 salas de madeira foram substituídas em todo o estado, recebendo nova estrutura em alvenaria com material ecológico, com redução dos impactos ambientais e do desperdício de material, além de receberam mais conforto térmico e sonoro. Até 2024, todas as salas de madeira em funcionamento na rede estadual de ensino devem ser revitalizadas em prol de um ambiente escolar ainda mais seguro”.

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