Um protesto marcou ontem o reinício das aulas na Escola Municipal Mauro Portugal, em Campo Largo, onde a estudante Giselle Machado, 10 anos, morreu esmagada no elevador.
Os pais dos alunos se manifestaram para pedir mais atenção com as condições de segurança do colégio. Desde a quarta-feira da semana passada, quando o acidente aconteceu, as atividades escolares estavam paralisadas.
A Polícia Civil continua investigando responsabilidades e procurando, inclusive, saber quem é a empresa responsável pela construção e manutenção do equipamento.
Mesmo assim, já autuou as diretoras da escola e do Centro de Apoio Integrado a Criança e ao Adolescente (Caic), que funciona no mesmo prédio, por homicídio culposo (sem intenção de matar). No entendimento policial, as duas tinham o dever de zelar pelas crianças e perceber que havia o risco.
Os laudos do Instituto de Criminalística ainda não chegaram à polícia. Mesmo assim, preliminarmente, a perícia já constatou que o elevador não tinha condições de segurança para funcionar, muito menos com crianças dentro.
Estudantes contaram que operavam o equipamento a qualquer hora, sem nenhuma supervisão de um adulto. No momento do acidente, Giselle estava sozinha com uma amiga no elevador.