A comunidade escolar do Centro de Educação Integral (CEI) Professora Lina Maria Martins Moreira, no Campo Comprido, convive com diversos problemas. Segundo os pais, o principal é a falta de funcionários, principalmente professores. Os Caçadores de Notícias foram ontem conferir a situação da escola, instalada na Rua Luiz Ronaldo Canalli. Pais de alunos já protocolaram quatro cartas para a prefeitura e aguardam providências.

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Segundo Fabiano Luder, pai de uma menina de seis anos que estuda na 1.ª série do ensino fundamental e representante da comissão de pais do CEI, a primeira carta foi protocolada no Núcleo de Educação no dia 16 e não houve retorno. “Nós nos sentimos de mãos atadas e como se o nosso pedido não valesse nada para a direção. Nem conseguimos saber se a diretora do Núcleo chegou a ler a carta”.

Avaliação

Sem a resposta do Núcleo de Educação, na sexta-feira, os pais protocolaram cartas ao prefeito Gustavo Fruet, à Secretaria de Educação e ao setor de Recursos Humanos. Na segunda-feira, receberam resposta do gabinete do prefeito, dizendo que a situação vai ser avaliada e a resposta virá até, no máximo, sexta-feira. “Desta vez, pelo menos, sentimos que alguém nos deu atenção, mas resta saber se teremos mesmo o nosso pedido atendido”, comenta Marilene do Vale Raimundo, mãe de uma menina de nove anos, que está no 4.º ano do ensino fundamental.

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Os pais se preocupam com a falta dos professores. Segundo eles, diretora e vice já tiveram que entrar em sala de aula. “Nem quem deveria se preocupar com outras questões da escola escapa. Minha filha chegou em casa e contou que a diretora deu aula para a turma porque não tinha professor para atendê-los no dia”, disse Fabiano.

De acordo com ele, outro problema que preocupa os pais e que diz respeito a todos os funcionários é a saída de emergência do prédio do Complexo II do CEI. “Simplesmente não existe”, diz. Os alunos continuam tendo aula no espaço normalmente.

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Tapume no muro que desabou

Daniel Derevecki
Crianças buscam as bolas no buraco.

Além da reclamação dos pais, a reportagem encontrou mais um problema. No terreno que pertence à escola, um córrego está causando erosões. Além dos buracos e da quantidade de água acumulada no local, o muro foi ao chão e o vizinho colocou tapumes para que as crianças não se aproximem.

O detalhe é que a quadra de esportes fica próxima ao terreno e as bolas caem no local. Com isso, as crianças pulam os tapumes para pegá-las. “As crianças pulam mesmo, a escola não tem inspetor suficiente para cuidar disso”, confirma Fabio Ferreira Rodrigues. “Nós vamos ter que esperar uma coisa ruim acontecer para que algo seja feito?”

Secretaria garante aulas

Em nota, a Secretaria Municipal da Educação diz que nunca se negou a responder ou conversar com pais ou funcionários da escola, mas esclarece que recebeu lista de solicitações sem assinatura, portanto, não tinha como responder aos questionamentos. O órgão admite que faltam três profissionais, “o que não significa que os estudantes estão sem aulas”.

Segundo o município, “há profissionais suficientes para atender as turmas”, mas está parcialmente comprometido o cumprimento de 33% do t,empo de serviços dos professores para permanência (a chamada “hora-atividade”). “Devido à saída de três pessoas, os professores têm feito um pouco menos de tempo de planejamento. Porém, já há previsão para o chamamento de novos professores para completar o quadro”, informa.

Adaptações

A secretaria revela que existe projeto para cobrir a quadra de esportes, mas a prefeitura aguarda sentença judicial em ação movida pelo condomínio vizinho à escola para poder iniciar a obra. A pasta promete ainda fazer adaptações nos prédios antigos para implantar saídas de emergência. Sobre o muro, diz que os consertos deveriam ter sido feitos com recursos já repassados à escola.