Equipamentos que estão sem funcionar seguem instalados em algumas ruas de Curitiba. O chamado backlight, um painel eletrônico que utiliza um monitor LCD e que pode ser utilizado como forma de informação para a população, virou algo sem utilidade após o fim do contrato com uma empresa. O aparelho, também chamado de painel com mensagem variável custou R$ 9 milhões na época em que foram instalados, em 2012.
A ideia foi usar essa grande tela para a Copa do Mundo de 2014, orientando a comunidade e turistas sobre condições no trânsito naquele período, dentro do chamado anel viário de Curitiba. Eram 40 equipamentos na capital, sendo que deste total ainda existem dez espalhados pela cidade.
Em dois bairros foi fácil encontrar essa armação alta, que costuma ficar nas esquinas ou canteiro central. Uma na Rua Nicolau Maeder, quase esquina com a Rua Augusto Severo, no Juvevê e a outra, na Padre Agostinho com Prudente de Morais.
Para Hélio Azevedo de Castro, economiário aposentado e morador da região do Juvevê, o equipamento sem utilidade mostra abandono do município e deixa a cidade “suja”.
“Poderia estar prestando valiosas informações sobre trânsito, obras, vacinação, temperatura, ruas interditadas ou alteração de sentido. Uma série de informativos que a população poderia ter acesso com facilidade. Acredito que deixa a rua suja e mostra um descaso. Passei para vereadores esse pedido e pelo jeito, ficaram no papo. Uma estrutura estranha”, diz Hélio.
Em 2012, ano que os painéis foram instalados pelas ruas de Curitiba, estes equipamentos custaram R$ 9 milhões, segundo reportagem exibida pela RPC na época.
E aí, prefeitura?
A Tribuna do Paraná procurou a Prefeitura de Curitiba, que informou que os equipamentos vieram de um contrato da Urbs em vigor entre 2010 a 2012, repassado em 2014 para a Setran.
Ainda segundo a prefeitura, como a empresa que instalou não existe mais e não houve manutenção dos equipamentos, eles estão sendo retirados. O município reforça que em 2017, início da gestão do prefeito Rafael Greca, os painéis já não estavam funcionando.
A Tribuna também procurou a IESSA Tecnologia S.A. Inovações Tecnológicas e Convergência, responsável pela instalação do equipamento. Até a publicação da reportagem não houve resposta.
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