Pai diz que filho morto não tinha envolvimento com drogas

O pai de Cleverton da Silva Santos, 23 anos, assassinado dentro de um carro, em Pinhais, na noite de quarta-feira da semana passada, entrou em contato com ao Paraná-Online para esclarecer que seu filho não estava envolvido com drogas. O técnico em eletricidade João Assis da Silva Santos, 55, acredita que o filho foi vítima de armação na compra de um carro.

Ele contou que, no final da tarde, Cleverton tomou um ônibus do Alto Maracanã, em Colombo, para Pinhais para retirar o Escort XR3 conversível placa ASA-9234. “Ele estava com os documentos do carro e seguiu até a casa de um homem chamado Dinei, o intermediador da compra, com R$ 1.500 para pagar o veículo”, relatou João.

Quando chegou à Rua Íris, Planta Karla, Dinei estava esperando dentro de um Passat. “Meu filho entrou no Escort e Dinei se aproximou da janela para conversar com ele”, contou. De acordo com João, uma motocicleta se aproximou. “A vizinhança contou que o garupa desceu, parou do lado da porta e deu um tiro no meu filho”, relatou. O assassino ainda entrou no veículo e disparou mais uma vez.

Dinheiro

Como no interior do carro foram encontrados R$ 219,50 em notas miúdas, a Polícia Civil levantou a hipótese de a quantia ser proveniente de cobranças de dívida de droga.

“Meu filho estava com todos os documentos, até com a carteira de reservista. Alguém deve ter plantado esse dinheiro lá, para acharem que tinha droga envolvida”, acredita o pai da vítima.

Dois dias depois, João contou que Dinei foi retirar o Escort na delegacia. “No mesmo dia fui até a casa dele, mas soube que ele e a mulher haviam se mudado de lá”, denunciou. Cleverton tinha três filhos, fruto de três relacionamentos: duas meninas de 4 e 2 anos e um menino de 6.

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