Moradores de Fazenda Rio Grande reclamam da falta de remédio controlado que deve ser fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde. O problema acontece há três meses, período em que os pacientes tentam retirar o medicamento no órgão, mas não conseguem. A escassez atinge o remédio carbamazepina, usado no tratamento da epilepsia, doença neurológica que pode gerar convulsões.
Os moradores que denunciaram o problema para a Tribuna não quiseram ser identificados. Relatam que a secretaria não informa o motivo para a falta do medicamento. Os moradores foram comunicados que o remédio deve estar disponível apenas no final do mês. “A cada 10, 15 dias, eu vou até lá para saber se tem o remédio. A gente cobra e dizem que não tem o medicamento. Estou comprando por conta e gasto R$ 300 por mês. Não temos muitos recursos, mas ainda conseguimos nos virar. Mas e quem não consegue?”, questiona a moradora que necessita dos medicamentos para fornecer a um dos filhos.
Outra moradora, que depende do remédio, está gastando R$ 200 por mês para suprir a falta do medicamento na rede pública. “Este custo não estava no meu orçamento e pesa bastante. A gente vai na secretaria e dizem que vai chegar o remédio, mas nunca chega”, afirma.
Licitação
A assessoria de imprensa da prefeitura de Fazenda Rio Grande informou que a licitação para compra de medicamentos pelo Consórcio Paraná Saúde (formado por municípios paranaenses, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde), aberta em novembro não contou com empresas que apresentassem o preço máximo exigido pelo edital. O município não poderia fazer a aquisição por causa das exigências da lei eleitoral, no ano passado, segundo a prefeitura. Nova licitação por meio do consórcio foi realizada no mês passado e os medicamentos devem estar disponíveis entre final de março e início de abril.