O ônibus envolvido no grave acidente ocorrido na sexta-feira (13), em Curitiba, com o engavetamento de dez veículos e a morte de um empresário da capital, teve uma falha mecânica horas antes do acidente, segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs).
De acordo com (Urbs), responsável pelo transporte coletivo, o motorista do veículo da linha 703 – Caiuá interrompeu o itinerário por volta das 8h, na Praça Rui Barbosa, ponto de início e final.
Conforme o protocolo previsto no contrato de concessão, a equipe de manutenção da empresa operadora da linha foi chamada e realizou uma vistoria no local. Ficou decidido que o veículo deveria sair de operação e seguir direto para a garagem, mas sem a necessidade de um caminhão guincho.
No começo de novembro, o ônibus passou por uma inspeção quando foi validado o funcionamento até o início de abril de 2025.
A Expresso Azul, responsável pela operação da linha, no dia do acidente designou um perito especializado para dar início às investigações e colaborar com as autoridades competentes na apuração das causas deste incidente.
Falha nos freios?
Na tarde de sexta-feira, o motorista do ônibus, o representante da Expresso Azul e o mecânico que fez a avaliação do veículo após o problema foram ouvidos na Polícia Civil.
“O motorista disse que andava na velocidade normal da via e, de forma repentina, ocorreu o travamento do pedal dos freios. A partir disso, o motorista disse que tentou evitar a colisão, buzinando, e tentou ingressar em algumas esquinas, mas não foi possível”, informou o delegado Edgar Santana.
Quanto a utilização de um guincho que poderia ter evitado o acidente, o delegado também concorda que essa atitude poderia ter sido acionada. “Seria razoável que o guincho tivesse sido acionado para conduzir o veículo até a garagem. Mesmo porque se tratava de um problema de ar, nos freios, que podem comprometer o andamento do veículo. Ainda mais, em um horário crítico da cidade, em um ponto de alta circulação” completou Santana.