Comerciantes de um centro comercial na Rua Fagundes Varela estão sofrendo com a falta de segurança no bairro Bacacheri, bem na divisa com Jardim Social, em Curitiba. Desde outubro do ano passado, foram quase dez arrombamentos de lojas e mesmo com câmeras de segurança, o invasor segue impune.
Segundo relatos de quem trabalha e convive na região, o assaltante é o mesmo e o modo de agir é sempre igual. Um homem chega de bicicleta e joga pedras na porta de vidro. Ao quebrar, ele entra no estabelecimento e pega tudo o que encontra pela frente.
Estela Bujato, responsável pela loja Perdi e Cresci, no Express Mall Fagundes Varela, foi uma das vítimas do invasor. “Ele entrou às 5h da manhã e ficou 8 minutos lá dentro. Ele é muito rápido, arrebenta à porta e fica um caos. Deve ter levado uns R$ 2 mil de roupa, fora o custo da porta. Pelas imagens é a mesma pessoa, ele fica na Augusto Stresser de dia e no Bosque Portugal”, disse Estela.
Ainda de acordo com a comerciante, em maio do ano passado, foi o primeiro furto desse suspeito no centro comercial. “Ele entrou na farmácia arrombando da mesma forma. É pedra no vidro, invade e retira as mercadorias. A partir de setembro e outubro, já foram outras ações da mesma pessoa. Na primeira semana de janeiro foi novamente a farmácia, no dia 10 foi na minha loja e na terça passada (21) foi no Açaí”, completou Estela. Sobre essa última ação, a loja estava com tapume na entrada quando a reportagem esteve no local (27).
Luana Batista de Paula, gerente de clínica Médicos de Olhos, não foi invadida, mas os funcionários dizem ter receio de que algo possa ocorrer caso venham a encontrar o homem suspeito pela frente. “O clima é de medo. Chegamos cedo para trabalhar e olhando para os lados para ver se existe alguém perto”, comentou Luana.
Luís Napoleão, CEO da Invescon, empresa especializada em gestão e desenvolvimento de empreendimentos imobiliários e responsável pelo Express Mall Fagundes Varela, informou que existem planos de reforço na segurança, mas pede agilidade dos órgãos de segurança para evitar novos arrombamentos na região.
“Existe a filmagem do homem e cabe a Polícia ir atrás. Estamos sugerindo aos condôminos a colocação de um padrão de porta de aço, que normalmente orientamos. Propomos para a administradora que seja colocado um segurança por um prazo ou que tenha uma ronda mais intensiva, estamos negociando”, disse Luís.
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É a pior fase da Varela!
O medo ronda vários comércios que existem ao longo da Rua Fagundes Varela. Paulo Faria, dono de uma sapataria, está há seis anos na rua, e conta que tais problemas aumentaram muito desde 2024. “Não é possível que a polícia não consiga identificar a pessoa. Ele não esconde o rosto, e o prejuízo é muito grande. As portas custam caro e está difícil para todos. Eu nunca vi uma situação dessa, é o pior período. Eu fico com receio, mas aqui a porta é de ferro”, disse Paulo.

E aí, Polícia?
A reportagem da Tribuna do Paraná entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná (PCPR) para obter mais informações da investigação e como está a procura pelo suspeito. Em nota a corporação informou que estão sendo feitas buscas pelo suspeito na região.
“A equipe policial está em diligências fim de identificar localizar o suspeito de ter cometido o crime. Mais informações serão repassadas conforme o andamento do caso”, comunicou a PCPR.
Sabe de algo? Denuncie!
Quem souber de informações sobre o paradeiro do suspeito pode fazer denuncias pelo números 197, da PCPR ou 181, do Disque Denúncia.
