Você já deve ter percebido: o centro de Curitiba está em obras. Ruas e áreas da zona central pouco a pouco estão sendo revitalizadas, ganhando calçadas mais largas, iluminação especial, novo calçamento e até tratamento especial na fachada de alguns prédios, a exemplo do entorno do Mercado Municipal de Curitiba. A ação faz parte dos projetos Rosto da Cidade e Caminhar Melhor, da prefeitura de Curitiba. O objetivo da revitalização é levar os curitibanos para o centro de Curitiba e dar novo fôlego à região, que sofre o baque das mudanças sociais/econômicas pós-covid. Recentemente a Tribuna levantou uma séria de problemas no Centro de Curitiba. Um deles era a falta de clientela. Quais motivos?

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No momento, o entorno do Mercado Municipal e a Alameda Prudente de Moraes passam pela repaginação. As obras envolvem a ampliação das calçadas – possibilitando o uso de mesas na área externa – e mudança no pavimento para garantir acessibilidade plena, com faixas em concreto liso e lousa de granito nas bordas. Nos espaços também estão sendo instalados postes de iluminação específicos para pedestres, além das luminárias viárias e novos mobiliários urbanos.

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Em breve, será a Saldanha Marinho que terá melhorias semelhantes. O projeto executivo está pronto e logo abre para a fase de licitação. A expectativa, segundo a diretora de projetos do Ippuc, a arquiteta Célia Bin, é que até o começo de 2024 a primeira tapa da obra seja iniciada. A revitalização da Saldanha Marinho será dividida em duas etapas. A primeira delas irá da Catedral de Curitiba à rua Fernando Moreira. Já a segunda fase irá até a altura da Praça da Espanha.

Foto: Reprodução/Ippuc.

Gastronomia de Curitiba é aposta

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Dar condições para o comércio local ser mais atrativo e levar as pessoas para o centro da cidade é uma das aposta da prefeitura de Curitiba para reduzir os conhecidos problemas do centro, como a insegurança e o tráfico de drogas. “Quanto mais pessoas na rua, mais segurança nós tempos. Isso impede que usos não desejaveis acabem acontecendo”, comentou Célia durante o painel A Rua é Nossa, realizado no Fórum Tutano, que ocorreu nos dias 21 e 22 de outubro no MON.

E nisso a gastronomia tem papel fundamental. Afinal, onde tem boa comida, sempre tem gente. Portas tradicionais do centro da cidade – como o Armazém Califórnia, o Maneko’s Bar e o Nonna Giovana – , que resistem ao tempo e aos desafios do centro de Curitiba, são algumas provas disso.

“Eu acredito que os centros urbanos são feitos para serem ocupados. Essa é a grande solução para o centro. E eu vejo isso sendo feito por meio da gastronomia, uma vez que o comércio tradicional vem perdendo cada vez mais espaço para outras formas de compra. Pense no Calçadão da 15, que hoje tem diversas lojas fechadas, com todas as cervejarias de Curitiba ali? Mas, claro, isso depende de liberações da prefeitura e outras ações”, defendeu durante o painel o empresário e produtor cultural Fred Ferreira, dono do restaurante A Caiçara e idealizador do Curitiba Jazz Festival.

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Entre essas outras ações, estão discussões que precisam ser feitas em paralelo à revitalização urbana. Entre elas, as políticas pública para os moradores de rua, as ações de vigilância, as melhorias nos sistemas de transporte, as regras de zoneamento e também de fiscalização – principalmente em relação ao som. Acima de tudo, é preciso um envolvimento da sociedade para esse resgate do centro ser mesmo efetivo.

“A gente vê um movimento nas grandes cidades do mundo para recuperar e revitalizar suas regiões centrais. Esse debate precisa ser feito em Curitiba também. Mas não é só o governo que têm que fazer isso. Nós, como sociedade, incluindo o setor privado, precisamos estar envolvidos”, disse o jornalista Eduardo Aguiar, que há dois anos alimenta o perfil @ocentrodecuritiba e também participou do painel no Fórum Tutano.

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O que??

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