Ao chegar à noite em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, os motoristas que acessam a cidade pela Avenida Dr. Victor do Amaral, no entroncamento com a Rodovia do Xisto, ficam com a sensação de estarem em uma pista de pouso. Os tachões (tartarugas) que sinalizam as pistas do asfalto são feitos de LED, nas cores branca e amarela, e ficam piscando continuamente para orientar os motoristas. A nova sinalização está sendo testada pela prefeitura desde a segunda-feira (9).
Os tachões de LED foram instalados em duas ruas da cidade. Na Victor do Amaral, em um trecho de 350 metros, e em 100 metros da Avenida Independência, próximo ao acesso à PR-423, que liga Araucária a Campo Largo. Segundo a prefeitura, a sinalização foi instalada para testar a sua eficácia. “A Victor é a entrada principal da cidade. Quase 40 mil veículos passam por ela todos os dias. Para dar conta do fluxo, tivemos que fazer uma terceira faixa, tirando o estacionamento de um dos lados e diminuindo o tamanho original das faixas que existiam. Entendemos que o LED pode ser eficaz para aumentar a atenção do motorista e garantir a segurança deles. Resolvemos testar”, explicou Luiz Antonio Gouvêa, engenheiro de trânsito da prefeitura.
Já na Avenida Independência, segundo Gouvêa, o motivo da colocação dos tachões iluminados foi a pavimentação recente da via, que tem uma curva perigosa perto do acesso à rodovia. Questionado sobre a reação dos motoristas com a sinalização iluminada, o engenheiro descontrai. “Ainda é cedo para falar, pois os testes começaram agora. Por outro lado, já recebemos críticas e elogios. Teve gente comentando nas redes sociais que Araucária era tão chique que tinha aeroporto no meio da cidade. Outros questionaram o investimento, o que é absolutamente normal”, disse.
Ao todo, a prefeitura comprou 120 tachões de LED que funcionam com energia solar – metade brancos, metade amarelos. O valor investido foi de aproximadamente R$ 10 mil. Os tachões comuns custam, em média, três vezes menos. Os recursos para a compra da nova iluminação vieram das arrecadações com multas de trânsito. “Esses recursos das multas de trânsito têm que ser revertidos exclusivamente para o trânsito. Em sinalização, programas educativos para os motoristas e fiscalização. É o que estamos fazendo”, afirmou o engenheiro.
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