O advogado da família de Phelipe Lourenço, jovem de 24 anos que morreu após uma festa na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, no último sábado (13), disse que aguarda o resultado do exame corporal na criminalística para fechar o quebra-cabeça do que de fato ocorreu naquele dia. “Como sempre tenho dito, o corpo fala”, destacou Nilton Ribeiro para RPC, na manhã desta quarta-feira (17), durante a reconstituição da morte de Phelipe, que teria caído de um penhasco de 25 metros de altura.
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Segundo Ribeiro, é preciso saber o que ocorreu antes da suposta queda. “Porque não me parece crível que ele caiu daquela altura que aparece ali. É muito alto, ele teria mais fraturas. Mas ainda precisamos de mais algumas peças desse quebra-cabeça. E o mais importante de tudo, o laudo de necropsia”, comentou o advogado para a RPC.
A família do jovem também quer mais respostas sobre a morte de Phelipe. “As câmeras que têm aqui na Ópera não mostram a queda, não mostram da onde ele caiu. Só a movimentação dos rapazes indo socorrer. Só isso que mostra. Precisamos saber se o Phelipe escorregou ali, caiu no lago, foi nadando até aquela parte mais rasa. Phelipe sabia nadar muito bem. Agora, se ele pulou no lago e veio nadando até ali e, ali, desmaiou, também está muito confuso”, disse a Veridiana Guerra, irmã do jovem.
Nas imagens divulgadas na segunda-feira (15), o estudante de engenharia mecânica aparece pulando o muro e entrando na Pedreira novamente, onde caminha cambaleando e sofre quedas. Ele segue caminhando até um beco escuro, em direção ao lago que fica no complexo, onde foi depois encontrado desacordado.
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Briga ou queda?
Segundo a delegada Tathiana Guzella, foi constatado que a vítima caminha quase sempre sozinha e se direciona para a parte do lago da Pedreira. “Na última imagem mostra ele indo sozinho onde tem uma tirolesa, um penhasco. A foto que o socorrista fez, sinaliza que ele estava vivo quando foi atendido”, disse Guzella. Phelipe morreu a caminho da UPA Boa Vista.
A reconstituição vai mostrar os últimos momentos do rapaz na Pedreira, já com os depoimentos de familiares e amigos. O objetivo é esclarecer se a morte foi provocada por alguém ou uma fatalidade.