Desejo antigo e com nova promessa. O Viaduto do Orleans, em Curitiba, que abraça os bairros São Braz, Santa Felicidade, Cidade Industrial de Curitiba e Campo Comprido, conectando a BR-277 por Campo Largo, na Região Metropolitana, terá a companhia de um novo viaduto, que será construído pelo governo estadual.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), juntamente com a concessionária Via Araucária, essa obra ficará paralela ao viaduto existente.
A estrutura ocuparia a faixa de domínio de trecho da BR-277 atualmente administrado pela concessionária, que concordou com a ação.
“Vamos tirar do papel essa obra tão aguardada pela população dos bairros de Curitiba, em um grande esforço conjunto entre o Governo do Paraná e a Prefeitura Municipal, que realizará uma obra própria, o binário, complementar ao novo viaduto”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.
A obra será licitada pelo DER/PR na modalidade contratação integrada, utilizando como base um anteprojeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). A partir disso, será elaborado um projeto executivo de engenharia e executada a obra no mesmo contrato, com elaboração do edital, valores e prazo de conclusão.
Viaduto do Orleans é pedra no sapato
Segundo a prefeitura de Curitiba, passam pelo local cerca de 3 mil veículos por hora nos picos de movimento. Comerciantes, pedestres e motoristas reclamam há anos de atrasos, manobras proibidas e confusão diária.
Um novo viaduto virou promessa de campanha. Primeira obra de grande porte anunciada por Greca no primeiro ano de mandato, em 2017, o projeto previa a construção de duas novas transposições, uma em cada ponta da estrutura, que transformaria o viaduto em uma enorme rotatória, facilitando o acesso aos bairros São Braz e Campo Comprido, além da própria BR-277. Também foi prometida a revitalização dos cruzamentos da Rua Professor João Falarz e Avenida Vereador Toaldo Túlio com a BR-277.
Em agosto de 2020, três anos após o anúncio da obra, prefeitura e governo do estado formalizaram convênio para repasse de R$ 1,2 milhão para o projeto que teria a tão esperada rotatória gigante.
No entanto, a proposta desenvolvida em convênio com o Estado teve o andamento suspenso por conta de exigências da nova concessão das rodovias que cortam o Paraná, entre elas a BR-277, que avança sob o viaduto existente, com responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). As rotatórias, inclusive, deixaram de existir em uma atualização do projeto.