Pontos do programa Nossa Feira, da prefeitura de Curitiba, não irão funcionar nesta quarta (23/5) e quinta (24/5) por falta de frutas, legumes e verduras. O desabastecimento acontece por causa da Mobilização dos Caminhoneiros, que estão protestando desde segunda-feira em todo o país contra o preço dos combustíveis. Com o translado entre o produtor e o Ceasa prejudicado, alguns permissionários já sentem falta de produtos. Os produtos que ainda são comercializados já tiveram reajuste de preços.
Deixam de funcionar os pontos do Nossa Feira no Barreirinha e no Campina do Siqueira, nesta quarta-feira. Na quinta-feira não vão abrir os pontos do Pilarzinho e do Lindoia.
+ Veja também: Motoristas de app e motoboys se juntam à Mobilização dos Caminhoneiros
“A produção de várias hortaliças é feita pelas próprias cooperativas de agricultores que participam do Nossa Feira, mas há alimentos de outras regiões. Por isso, a greve está impossibilitando a compra de frutas e algumas variedades de verduras não produzidas na Grande Curitiba”, explicou José Carlos Koneski, diretor da Unidade de Abastecimento da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento.
Os Sacolões da Família, que também comercializam hortifrutigranjeiros, ainda estão funcionando normalmente. A SMAA reconhece, no entanto, que também poderá ocorrer desabastecimento das 15 unidades se a paralisação continuar. “Alguns comerciantes já apontam a falta de produtos como aipim, beterraba e goiaba, mas são casos pontuais. A secretaria está monitorando os sacolões para informar à população sobre a possibilidade de falta de mais alimentos”, salienta Koneski.
Ele observa ainda que já há falta de alguns produtos nas feiras e mercados da Prefeitura. “No Mercado Municipal, por exemplo, os comerciantes já estão tendo dificuldade de comprar cebola para venda”, exemplifica o diretor.
Armazéns da Família
Os Armazéns da Família, que comercializam gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza, ainda têm estoque suficiente para uma semana. Segundo a diretora do Departamento de Abastecimento Social da secretaria, Ivone Aparecida de Melo, a maior preocupação, no momento, é com o fornecimento de produtos de entrega diária, como frango, embutidos e derivados do leite, que vêm do interior do Paraná e de Santa Catarina.
Troca na direção da Ceasa ameaça distribuição de alimentos em Curitiba