O nome do jornal Gazeta do Povo está sendo utilizado em um golpe feito pela internet. Os golpistas estão se passando por representantes do veículo pedindo códigos enviados via SMS aos celulares de leitores e, assim, clonando o WhatsApp. Alerta é para que usuários não informem dados, pois o jornal não solicita esse tipo de informação.
Outras marcas do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) também estão sendo vítimas, como é o caso do Bom Gourmet e da Tribuna do Paraná.
Entre as ações ilegais feitas, está uma realizada via aplicativo de mensagens a leitores da Gazeta do Povo. Os golpistas selecionam os telefones dos usuários dentro dos grupos de WhatsApp, onde são enviadas notícias aos participantes, e entram em contato como se fossem funcionários da Gazeta do Povo.
Então, oferecem benefícios exclusivos e dizem que é preciso confirmar um código enviado por SMS para receber esses brindes ou qualquer outro atrativo. Na verdade, o código solicitado é utilizado para clonar o número de aparelho e o golpista pode tomar o controle da conta de WhatsApp. Após ter acesso ao número do aplicativo, normalmente, a estratégia é acessar os contatos da pessoa para pedir dinheiro aos conhecidos.
Uma das orientações para não ser vítima desse tipo de ação, é que as pessoas configurem a confirmação do WhatsApp em duas etapas. Outra informação importante aos leitores, é que a Gazeta do Povo não pede nenhum tipo de confirmação on-line a seus usuários. “Nosso aviso é o de que nunca pedimos código para o recebimento de notícias por qualquer plataforma”, explicou Guido Orgis, gerente de assinaturas da Gazeta do Povo.
Bom Gourmet
No caso da editoria Bom Gourmet, foi criada uma conta falsa no Instagram com o nome oficial_bom_gourmet e, na página, estavam sendo oferecidos vouchers de R$200 para serem utilizados em diversos estabelecimentos. Os golpistas se aproveitaram de uma campanha já existente para confundir os leitores. Para conseguir o suposto benefício, a pessoa precisava passar o número telefônico para conseguir um código de acesso que chegaria via SMS. Ao fornecer o número, os criminosos relatavam que o código já estava ativo por uma mensagem de WhatsApp.
Na sequência, eram pedidos os dados pessoais e aí acontecia o golpe. Além de o número dos documentos, em posse dos criminosos, poderem ser usados em outras ações de estelionato, o número do telefone também era outra forma de acesso a golpes.
Os criminosos utilizaram imagens reais da campanha “Seja Bom”, programa de voucher solidário que tem o objetivo de ajudar restaurantes, bares, cafés e outros estabelecimentos durante a pandemia.
A editora do Bom Gourmet, Deise Campos, relata que a estratégia dos falsários foi de confundir as pessoas. “O ‘Seja Bom’ é um programa de voucher que tem bônus de até 100% de desconto. As pessoas confundem as coisas e acabam caindo mesmo. Eles levam a pessoa ao entendimento de que o Bom Gourmet tem promoções, vantagens e fica fácil cair. É importante não fazer esta confusão”, orienta.
O perfil falso foi excluído após a solicitação do jornal. Até o momento, apenas uma vítima relatou que teve o WhatsApp clonado por conta dessa ação.
Algumas dicas são importantes para não cair nas armadilhas dos bandidos. Sempre fique atento com os nomes das empresas envolvidas e busque confirmar a veracidade com novas pesquisas ou até mesmo entrando em contato com o responsável pela possível promoção, seja pelas mídias sociais oficiais ou mesmo por telefone.
Para denunciar golpes para a Polícia Civil, deve-se procurar a Divisão de Combate ao Cibercrime (Nuciber) no telefone (41) 3304-6800.