Cerca de 16 mil estudantes migraram para a rede pública estadual desde o início da pandemia do novo coronavírus, no início de 2020, até o final do mês passado. O número é da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e inclui alunos que vieram de escolas particulares e de instituições de outros estados (Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular, Integrado e Normal/Magistério).
O número não inclui a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), o Ensino Infantil e o Ensino Subsequente (Curso Subsequente ao Ensino Médio).
A Seed informa que o volume de novas matrículas foi considerado atípico pela pasta, mas avalia que a alta migração teria sido gerada mais pela qualidade do ensino público do que por efeitos da crise econômica gerada pela pandemia, quando brasileiros foram obrigados a reduzir despesas.
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“A gente viu um grande salto de volume de matrículas, um recorde no Brasil. Mas a gente não acredita que o número vem pela questão financeira, e sim pela questão pedagógica. São os relatos dos pais, das escolas. A estrutura das escolas públicas, a qualidade da educação pública, chamou atenção da sociedade”, disse o secretário da Educação, Renato Feder, durante entrevista à Gazeta do Povo no último dia 28.
Ainda segundo Feder, a rede pública estadual tem condições de abrigar o volume adicional de matrículas. “A gente tem condição de atender. Para rede particular, é um número grande [de migração], mas, para a rede pública, é 2% do nosso universo”, disse ele. A rede pública estadual conta com mais de 1 milhão de alunos.
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Em março, a pandemia do novo coronavírus provocou a suspensão das aulas presenciais, tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Só recentemente, a Seed definiu regras para a reabertura das escolas, mas apenas para a realização de atividades extracurriculares, ou seja, não obrigatórias.
Na rede particular, a reabertura para atividades extracurriculares ficou a critério de cada escola. Mas, na rede pública, nem todas reabriram – a Seed tem autorizado uma reabertura gradual, começando pelos colégios localizados em cidades com números mais baixos de casos ativos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
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