No primeiro mês do outono não são só as temperaturas que andam baixando na região da grande Curitiba. Quem acorda cedinho já deve ter reparado que nas últimas semanas o nevoeiro tem baixado pesado na cidade. Nuns dias breve, em outros mais persistente, a nebulosidade é comum nessa época do ano justamente pela entrada das massas de ar frio na superfície. Pra entender um pouco melhor o fenômeno, a Tribuna do Paraná conversou com o meteorologista do Simepar, Fernando Mendes.
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Começando pela “pergunta de um milhão de dólares”: neblina, cerração, névoa ou nevoeiro? Segundo o meteorologista, tanto faz, já que os fenômenos são praticamente a mesma coisa. O que muda é a visibilidade que, no caso da neblina – ou nevoeiro – afeta o campo da visão horizontal mais próximo (até 1.000 metros). Já a névoa, por ser mais fina, atrapalha a visibilidade em distâncias maiores.
Comuns nas regiões de serra, vales, planaltos e até mesmo nos grandes centros urbanos, nevoeiros e similares precisam basicamente de dois elementos para se formarem: temperaturas em rápido declínio e umidade aumentando a ponto de condensação. Típicos das manhãs de outono, os nevoeiros costumam aparecer depois de madrugadas mais frias e se formam quando a umidade do solo se resfria a uma determinada temperatura baixa. Com o resfriamento, o vapor contido na superfície se condensa, formando a nuvem próxima do solo.
De acordo com o meteorologista, a região Sul do Brasil tem apresentado condições bastante favoráveis à formação de nevoeiros. “A chegada das massas de ar mais frio e seco, típico da estação, somada à ausência de ventos tem dificultado a dispersão dos nevoeiros. Por isso eles têm demorado um pouco mais para se dissiparem, ficando visíveis por mais tempo principalmente na cidade”, explica.
Outono ameno e seco
Sobre as previsões para o outono, Fernando explica que as temperaturas devem permanecer amenas e, ao que tudo indica, a estação será mais seca. “As condições não estão favoráveis para chuva. É possível que o tempo fique mais seco até meados de junho, pouco antes de inverno. Nesse meio tempo não descartamos a ocorrência de veranicos, devido aos bloqueios atmosféricos que impedem a subida das massas de ar quente. Foi assim também no ano passado”, relembra.
Em relação ao inverno de Curitiba, o meteorologista afirma ser cedo demais para arriscar a previsão e afirma que não se pode tomar por base o inverno do hemisfério Norte, onde houve recorde de frio. “Por enquanto não há indicativos de que teremos um inverno muito rigoroso. Há de fato alguns bloqueios atmosféricos que tornam a situação bastante semelhante à do inverno passado, mas por enquanto é cedo para afirmar”, finaliza.