Brigas, discussões, venda de drogas e barulho até altas horas da madrugada. Os moradores do histórico bairro São Francisco, em Curitiba, estão pedindo socorro diante de problemas que estão interferindo no dia-a-dia. A insegurança em ruas tradicionais tem perturbado também turistas que, ao chegar visitarem a região histórica de Curitiba, são informados sobre o risco de assaltos em plena luz do dia.
No último fim de semana, um vídeo viralizou nas redes sociais com uma briga violenta entre rapazes na Trajano Reis. Um homem saiu ferido após receber golpes com um pedaço de madeira diante de uma briga generalizada. O motivo da confusão não foi revelado, mas diante do cenário que os moradores têm presenciado quase que semanalmente, o uso abusivo de álcool e ponto de venda de entorpecentes podem levar facilmente a essa conclusão.
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“Estamos abandonados. O bairro é lindo demais, mas não dá para visitar as Ruínas. Até o Largo da Ordem perdeu o encanto. Hotel da região recomenda que turistas usem carros de aplicativo para ir perto, evitar andar pelas ruas daqui. A Rua Paula Gomes está com uma iluminação horrível, os moradores estão indo embora com medo”, desabafou uma moradora antiga do São Francisco, que topou falar com a Tribuna, mas na condição de anonimato por medo de represálias.
Drogas correm soltas!
Em outra imagem que a Tribuna do Paraná teve acesso, acredita-se que a comercialização de drogas venha a ser frequente em algumas ruas do bairro. Carros param e jovens entregam algo que foi previamente confeccionado. A suspeita é de moradores do local que fizeram os flagras.
“Culpa do Centro”
Geograficamente, o bairro São Francisco, fica ao lado do Centro, outro ponto preocupante da segurança pública da capital paranaense. A Tribuna do Paraná noticiou nas últimas semanas sobre comerciantes que estão deixando o local devido a vários problemas. Por estar ao lado, as confusões seguem para os bairros próximos.
“É mais cômodo tirar o transtorno nos números do Centro, e jogar a culpa nos bairros. Essa pequena distância atrapalha, Mercês também sofre com isso. Acredito que é preciso ser mais rigoroso na liberação de alvarás. Tem bar que funciona ao lado de escola, e não respeita horário de funcionamento. Ninguém descansa nos prédios, teve tiro outro dia. Já passou do limite de se fazer algo. Reforço aqui que a Guarda Municipal e a Polícia Militar estão trabalhando constantemente, mas é preciso respeitar ou mudar a lei. Do jeito que está, não dá para ficar”, completou a moradora.
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E aí, PM?
Mateus Ferreira, 1º Ten. QOPM e comandante da 1ª Companhia do 12º BPM, responsável pelo comando no Centro e do bairro São Francisco, respondeu sobre os problemas citados pela reportagem.
“Recebemos a ligação comunicando da briga envolvendo aproximadamente doze pessoas. A viatura estava na região central e dez minutos depois estava na Trajano Reis. No entanto, não encontrou mais ninguém, ou seja, não constatou o fato. Recebemos os vídeos mostrando a briga, e pedimos sempre que a pessoa que faz a denúncia nos informe mais detalhes como as placas do carro, vestimenta e características das pessoas para que os policiais da viatura possam localizar os suspeitos em outro local”, explicou o tenente. Segundo ele, a 1ª Companhia atende esses bairros e a circulação de pessoas é imensa, com uma grande demanda. “Priorizamos ocorrências que envolvam o perigo à vida, perturbação de sossego e denúncia de tráfico de entorpecentes, elas entram em uma segunda fila de prioridade. Essa da briga foi tratada como urgência”, disse o comandante da 1ª Companhia do 12º BPM.
Sobre o ponto suspeito de venda de drogas, o tenente esclarece que a Polícia Militar segue fazendo patrulhamentos com abordagens quase que diárias. “Dentro do turno de serviço na jornada da viatura, ela tem um cartão programa que é preciso cumprir certos expedientes, e quando se tem reclamações sobre um local de venda de entorpecente ou outras licitudes, a viatura reforça o patrulhamento e realiza abordagens”, completou Mateus Ferreira.
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