As festas de Natal e Réveillon são o momento mais esperado do ano para o varejo e também para bares e restaurantes, que pretendem retomar, aos poucos, o ritmo de vendas quebrado pela pandemia da covid-19. Porém, apesar do retorno parcial das atividades, nem todos os setores estão otimistas com a chegada das festas de fim de ano e ainda fazem ressalvas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, para o setor o momento ainda é de cautela. “Nós só vamos estar otimistas quando tivermos a capacidade máxima de atendimento. Enquanto estamos com 70% não dá pra comemorar muito, pois perdemos reservas e as pessoas cansam de esperar nas filas. Eu reivindico que, a partir de novembro, a prefeitura libere 100% da capacidade”, salienta.
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Além do benefício para os empresários do segmento, Fábio ainda destaca que o retorno da capacidade máxima traria vantagens para o mercado como um todo. “Se os bares voltassem a 100%, daria um aumento de 40% nos empregos do setor. Se hoje temos oito funcionários, teríamos de 12 a 13. Além disso, está todo mundo comedido nas compras. As pessoas estão receosas pois perderam muita mercadoria”, ressalta o presidente da Abrabar.
Cenário no varejo
Já no varejo, o sentimento é outro. Segundo o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, o consumo deixado de lado durante a fase mais rígida da pandemia é a expectativa dos vendedores para subir o faturamento. “O Natal é a data mais importante pro varejo e, em cima disso, temos um consumo reprimido por toda a pandemia e, por mais que tenhamos um cenário adverso, com inflação e falta de juros, mesmo assim, estamos muito otimistas, achamos que vamos superar as expectativas e que podemos pensar em um crescimento real nas vendas se comparado ao ano passado”, explica.
Além disso, de acordo com Turmina, as condições de pagamento podem ser favoráveis para quem quer retomar as compras de Natal. “Há condições de comprar até mais, pois o prazo hoje se tornou uma prática normal no consumo, especialmente quando se fala em cartões de crédito e tal, tudo é parcelado, dividido, em prazo médio de três e quatro pagamentos”, finaliza.