Festança?

“Não fiz nada ilegal”, diz organizador de festa que teve dragão gigante em guindaste

Reprodução / Instagram Percy Tiemann

O empresário de Curitiba Percy Russ Tiemann, dono do dragão de 17 metros que foi içado de guindaste até a cobertura dele no edifício Mansão Paris, na Avenida Visconde de Guarapuava, no Batel, na segunda-feira (21), chamou de inveja as reclamações sobre som alto e festa clandestina que ganharam as manchetes dos jornais e as redes sociais na terça-feira (22).

Segundo ele, que conversou com a reportagem nesta tarde de quarta-feira (23), o dragão vai decorar a piscina da cobertura e o encontro com música e luzes foi privado, para menos de dez pessoas, entre familiares e amigos. A Polícia Militar (PM) precisou ir ao local duas vezes para encerrar o encontro. 

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“Pura inveja. Foi algo inédito, na história de Curitiba, alguém mandar fazer um dragão de 17 metros para pendurar sobre a piscina. Chamou a atenção o guindaste, depois as luzes na cobertura. Quem olhava, achava que tinham mil pessoas lá dentro. Mas não foi nada disso. Não fiz nada ilegal. Recebemos os policiais com cordialidade, paramos o som, e o encontro com a família continuou”, contou Tiemann, que tem 62 anos e mais de 30 anos atua como empreendedor. Ele é proprietário da Prime Construtora, que faz obras de luxo.

O empresário é dono da cobertura no 11.º andar, onde rolava a festa. Também foi Tiemann quem construiu o prédio. O terreno ao lado, por onde o dragão foi içado, também é dele. “Paguei o dragão com o meu dinheiro, pago o IPTU em dia, paguei o guindaste, gosto de música eletrônica e eu quis fazer uma decoração inspirada do Warung Beach Club, que está fechado em Santa Catarina. Está tudo fechado. Fiz uma balada para mim”, disse.

No encontro, de acordo com Tiemann, estavam os três filhos, a namorada de um dos filhos, o namorado de uma das filhas, amigas dele e o arquiteto que será responsável pelo projeto de iluminação do dragão. “E subindo o elevador para carregar o dragão pela janela estavam os meus funcionários. O motorista da carreta e os operadores do guindaste”.

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O dragão de 17 metros foi feito pelo artista de Curitiba Tony Reis. “É de isopor, coberto com uma resina para resistir à umidade da piscina”, contou Percy Tiemann. O bicho precisou ser fatiado para entrar pela janela. “Em janeiro, vou providenciar os cabos de aço para colocar no lugar. Por enquanto, está apoiado sobre uma plataforma de madeira. E não custou R$ 100 mil. Muito menos que isso. Não rasgo dinheiro”, finalizou.

A festa

Escultura de dragão foi içada pela janela da cobertura. Foto: Reprodução/Facebook.

Nas redes sociais, imagens da festa demonstram que a cobertura estava completamente iluminada e dentro do imóvel as pessoas ajudaram a colocar o dragão no lugar. Segundo a PM, a primeira reclamação ocorreu às 21h por parte dos moradores do condomínio que reclamaram do barulho.

Uma equipe foi até o local e comunicou o proprietário que a aglomeração e o som estava incomodando a vizinhança. O pedido foi que diminuísse o som, mas isto não foi cumprido. Uma nova reclamação aconteceu já perto das 23h30, e o retorno ao evento alterou a estratégia policial.

Segundo a PM, os agentes encerraram a festa dispersando os convidados e o proprietário pediu desculpas.

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