A Prefeitura de Curitiba começa a chamar na próxima quinta-feira (02/03) os pacientes que serão atendidos pelo Mutirão de Dermatologia e Pequenas Cirurgias de Pele, previsto para começar no dia 9 de março. As pessoas passarão por avaliação no Hospital Evangélico e também serão informadas do agendamento do atendimento no dia do mutirão.
A ação faz parte do programa Saúde Já, lançado pelo prefeito Rafael Greca no dia 21 de fevereiro. Além do Mutirão de Dermatologia, outros três acontecerão para atender pacientes das áreas de Cardiologia, Ortopedia e Vascular, além de um especial para exames complementares. Serão investidos R$ 12 milhões e a perspectiva é de beneficiar 150 mil pessoas diretamente, com ações para diminuir o tempo de espera nas filas por exames, consultas e cirurgias de especialidades, em Curitiba.
A primeira especialidade contemplada pelo programa será Dermatologia e Pequenas Cirurgias. Hoje, 15.810 pessoas aguardam consultas dermatológicas e 4.260 para realizar pequenas cirurgias. O tempo médio de espera é de dez meses para consulta e 19 meses para a cirurgia. Com a ação continuada do Saúde Já, a expectativa é equacionar a fila.
“Aqui a fila anda”, frisou o prefeito Rafael Greca, durante o lançamento do Saúde Já. “Saúde é prioridade para a nossa gestão. Deixamos isso claro na campanha e não ficamos só no discurso. Com o Saúde Já começamos a devolver a qualidade na saúde que os curitibanos merecem. Estamos fazendo um esforço continuado para equacionar as filas e para que elas não voltem a se formar”, afirma.
As outras especialidades terão uma sistemática parecida. Na área de Cardiologia, o mutirão inicia no dia 16 de março, no Hospital do Idoso Zilda Arns. Nesta especialidade, a fila para a consulta é de 6.066 pessoas, com tempo médio de espera de 4 meses. Só para o exame de ecocardiografia transtorácica, por exemplo, a demora chega a 25 meses.
A proposta é que no mutirão, tanto a consulta, como o exame, sejam feitos no mesmo momento. “Queremos evitar que o usuário saia de uma fila e tenha de entrar em outra para fazer um exame. É inadmissível que o cidadão tenha que, após aguardar meses por uma consulta, esperar mais 25 meses para realizar um exame. Vamos solucionar isso”, diz o secretário municipal da Saúde, João Carlos Baracho.
Um mutirão só para Exames Complementares, como Raio-X, ultrassonografia, ressonância, está previsto para 30 de março. Com uma fila de espera média de 24 meses, são 25.418 pessoas aguardando atendimento.
No dia 6 de abril está programado também o mutirão para a área de Ortopedia, área com a maior demanda reprimida. Há 25.405 pessoas na fila aguardando e o tempo médio de espera chega a 22 meses. No caso de cirurgia de cotovelo, a espera chega a 82 meses. O quinto mutirão programado será de cirurgia vascular. Com 11.098 pessoas aguardando atendimento, o tempo de espera costuma ser de 20 meses.
Baracho lembra que os usuários que estão na fila serão convocados, não havendo necessidade de buscar as unidades de saúde. A orientação apenas é para que aqueles que tenham mudado de endereço, busquem manter o cadastro atualizado no posto de saúde.
Laboratório
Dos R$ 12 milhões investidos no Saúde Já, R$ 10 milhões serão direcionados a ação continuada de mutirões e R$ 2 milhões serão destinados à Revitalização do Laboratório Municipal de Curitiba. No dia 7 de março, um evento marca o ato e o encerramento das cotas para exames laboratoriais nas unidades de saúde impostas pela gestão passada.
Com o desequilíbrio orçamentário na saúde na gestão de Gustavo Fruet, fornecedores de reagentes e insumos estavam sem receber – alguns, inclusive, com pagamento em aberto desde 2015. Sem receber, houve interrupção do abastecimento, o que levou a gestão passada a criar cotas de exames para as unidades de saúde. Com isso, os usuários passaram a ter de esperar até três meses para fazer um exame laboratorial. Agora, os exames serão marcados e processados com celeridade, de um dia para o outro ou uma semana, no máximo, a depender do tipo de exame.
Entre os exames mais solicitados no Laboratório Municipal e que tinham fila de espera estão: Glicose, Hemograma, Parcial de Urina, Colesterol, LDL, HDL, Triglicerídeos, Creatina, TSH, Cultura de Urina. “Não podemos aceitar que o usuário tenha que esperar até três meses para realizar exames tão simples”, afirma Baracho.
Com a revitalização do Laboratório, a expectativa é solucionar a demanda reprimida herdada da gestão anterior de 330 mil exames, em dois meses. Ao todo R$ 1.419.000 será direcionado ao pagamento de dívidas deixada com fornecedores pela gestão anterior, para que voltem a fornecer, e R$ R$ 558.700 aplicados na compra de reagente e insumos para o laboratório.
Data de início dos mutirões do Saúde Já:
• 9 de março – Mutirão de Dermatologia e Pequenas Cirurgias de Pele
Local: Hospital Evangélico
Há uma fila de 10 meses (15.810 consultas) na Dermatologia e 19 meses nas Pequenas Cirurgias de Pele (4.260 cirurgias).
• 16 de março – Mutirão de Cardiologia
Local: Hospital do Idoso Zilda Arns
Há uma fila de 4 meses para consulta (6.066 pessoas) e de 25 meses para exame de ecocardiografia transtorácica (2.262 solitações) para ecocardiografia transtorácica.
• 30 de março – Mutirão de Exames Complementares
Local: a confirmar
A espera por exames varia entre 7 e 14 meses, dependendo do exame. São 25.418 pessoas aguardando na fila.
• 6 de abril – Mutirão Ortopédico
Local: a confirmar
A ortopedia é a área com maior demanda reprimida. A espera pela consulta chega a 22 meses. A fila conta com 25.405 pessoas aguardando. A expectativa é zerar até o fim do próximo ano.
• 27 de abril – Mutirão Vascular
Local: a confirmar
A espera chega a 20 meses. São no total 11.098 pessoas aguardando.