Um problema em um cano do Museu Alfredo Andersen (MAA), localizado no bairro São Francisco, em Curitiba, causou um vazamento dos três andares do prédio administrativo do espaço. Segundo uma fonte ligada ao museu e outro aluno do ateliê, a água escorreu pelas paredes e deixou pelo menos uma sala com água na altura dos pés, quase na canela. O encanamento estourou na quarta-feira (5), três dias depois do incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Por sorte, 70% do acerco de telas estava em Foz do Iguaçu, no interior do Paraná, em uma exposição itinerante – exibida até 9 de setembro no Ecomuseu de Itaipu. O MAA é administrado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (Seec).

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Segundo a fonte, o encanamento precário era motivo de reclamação dos alunos desde junho deste ano e a secretaria estaria sabendo dos problemas. Mesmo assim, não tomou providências para os reparos, que só ocorreram agora por causa do alagamento. Já a Seec informa que não havia um cano com problemas. Segundo a secretaria, o que houve foi um incidente e a ruptura de um cano, que foi consertado logo após o ocorrido. A pasta também afirma que não houve uma inundação, houve um vazamento de água em uma área que não atingiu o acervo, ou seja, nada foi danificado e, portanto, não houve danos materiais.

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Embora 70% do acervo do museu estivesse em outro local, os outros 30% estavam em Curitiba, incluindo livros da biblioteca do museu, objetos dos alunos e telas menos valiosas do ateliê. Esses materiais tiveram danos menores, porque funcionários do local e os alunos que estavam em aula agiram rapidamente na remoção dos materiais, retirando-os das salas e recolhendo-os do chão. As duas fontes relataram à reportagem que rodos também foram usados nos três andares do prédio administrativo para retirar a água, até que a empresa contratada pela Seec para fazer reparos prediais pudesse chegar. O alagamento atingiu o prédio administrativo que fica nos fundos do museu, anexo à Casa Alfredo Andersen, onde ocorrem as exposições. A casa não foi atingida.

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De acordo com a fonte ligada ao museu, “foi pura sorte” as telas do artista estarem em Foz do Iguaçu naquela semana, já que, por falta de espaço, quando o acervo está no local boa parte dele é guardado no chão do prédio administrativo. A Seec não confira que as peças fiquem no chão do referido prédio quando não estão em exposição.

A pasta também disse que o que havia no museu no dia do vazamento eram réplicas de obras para estudo e para simular o ateliê do artista Alfredo Andersen. Por isso, nenhuma tela do pintor foi atingida pela água.

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Mau estado de conservação

Em Curitiba, 11 museus estão com regularização pendente no Corpo de Bombeiros, e outros quatro estão fechados para reforma – caso do Museu Alfredo Andersen – ou passando por processo de vistoria. Apenas três possuem a certificação em dia. Dentre os não-certificados, alguns sugerem estar em situação especialmente crítica, já que nem chegaram a fazer a solicitação da vistoria.

Atualmente, o Alfredo Andersen está fechado para obras de modernização do prédio e das salas de exposição. A Seec explicou que também está em fase de licitação o projeto de reforma e restauro da sede do museu, que é uma edificação tombada pelo patrimônio histórico e cultural do estado do Paraná com valor de R$ 148 mil. A obra tem previsão de investimento de R$ 2.821.507,00. Os recursos já estão previstos na Lei Orçamentária Anual de 2019.

De acordo com notícia publicada no site do museu, “a reconfiguração do espaço inclui a troca de vitrines e a modificação da circulação das salas de exposição”.

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