O caso do odontopediatra curitibano Edson Higa, que foi multado após denúncias de vizinhos sobre o barulho de seus pacientes com necessidades especiais, chegou à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (Criai) da Alep, deputado estadual Cobra Repórter (PSD) apresentou um ofício, na última segunda-feira (11), que pede esclarecimentos ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria) sobre o assunto.

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“O choro de pacientes especiais durante o atendimento odontológico foi o motivo de uma multa aplicada ao consultório do dentista Edson Higa. Ele é odontopediatra há mais de 30 anos e especialista em atender crianças com necessidades especiais. Onde está o respeito e a inclusão? Pedimos rigor nas investigações. Crianças e pessoas com deficiência têm prioridade absoluta e preferência em virtude de suas vulnerabilidades. No mínimo, houve falta de bom senso para garantir os direitos das crianças atendidas”, defendeu o deputado.

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A multa aplicada ao dentista foi de R$ 322, valor de um mês de condomínio no edifício comercial em que Edson exerce sua profissão. De acordo com o profissional, mais da metade de seus pacientes são especiais, com paralisia cerebral, Síndrome de Down ou do espectro autista. Há seis meses, Edson se mudou para um prédio comercial na região do Centro Cívico, em Curitiba, e, desde então, tem recebido reclamações de vizinhos do consultório.

Empatia e cuidados com as crianças

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Em entrevista ao portal UOL, Edson explicou que o atendimento aos pequenos requer todo o tipo de cuidado, para que eles se acostumem ao ambiente. Mesmo assim, muitos deles acabam chorando durante a consulta.

“As crianças precisam de empatia e de tempo para se acostumar ao ambiente. Tenho que contar uma história e sempre faço massagens nas costas e nos pés para se sentirem mais à vontade. Todo cuidado é necessário para fazer o atendimento. Já tentei colocar isolamento acústico nas janelas, mas elas precisam ficar abertas por causa da pandemia. Isso já foi avisado para eles”, disse o dentista ao UOL.

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