O acesso mais fácil a cursos de capacitação e a disponibilidade maior de bolsas levaram a um aumento no número de brasileiros dedicados ao estudo remoto, mas principalmente entre as mulheres. O formato já era preferência entre elas antes mesmo da pandemia. De acordo com o CensoEAD.BR, da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED), as mulheres representam 55,7% do público de cursos online, contra 44,30% de homens.
E no projeto Trilha Digital, que promoveu ao longo de três meses palestras gratuitas de capacitação, o cenário não foi diferente. Com 14 cursos online, o projeto, conduzido pelo Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), em parceria com a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), atingiu mais de 10.500 pessoas, sendo que, em algumas palestras, a porcentagem de mulheres chegou a 66%, principalmente com idades entre 45 e 54 anos. Ao todo, foram emitidos 569 certificados de conclusão.
Para o gestor de Ação e Responsabilidade Social do ICI, Ozires de Oliveira, esse percentual alto tem relação com a busca das mulheres pela conquista de novos postos de trabalho e posições de liderança. “Historicamente, as mulheres enfrentam uma série de preconceitos e desigualdades no mercado de trabalho. Por isso, quando surgem oportunidades como o Trilha Digital, elas tendem a valorizar mais a chance de aumentar sua capacitação”, conta.
O projeto contou com conteúdos na área de comunicação artificial humanizada, preparação para entrevista de emprego online, voluntariado como desenvolvimento profissional e outros pontos para deixar as relações de trabalho mais eficientes e saudáveis. Todas as palestras estão disponíveis no Facebook da ADFP e em playlist no canal ICI Curitiba no YouTube.