Por meia hora, na manhã desta segunda-feira, várias pessoas entraram em desespero no Cristo Rei. Uma moto foi colhida por um ônibus e a garupa ficou com a perna presa na motocicleta, abaixo do coletivo, aguardando a chegada do Corpo de Bombeiros.

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O ônibus articulado fazia a linha Cabral / Portão e fez uma conversão da Avenida Presidente Affonso Camargo para a Rua Padre Germano Mayer, pouco depois das 9h40. A motocicleta Honda CB 450 estava à direita do ônibus, fazendo a mesma conversão, e foi atingida durante a curva.

O piloto da moto, Laion Cruz, 24 anos, conseguiu pular da motocicleta a tempo e sofreu apenas ferimentos no pé esquerdo e no joelho direito. A mãe dele, Sirlene Poncio, 42, estava na garupa e foi junto com a moto para baixo do ônibus. A motocicleta ficou sobre a perna dela, prensada abaixo do coletivo.

‘Eu achei que tinha matado alguém, porque o desespero dos passageiros e do filho dela era assustador. Todo mundo fez tudo o que era possível para retirar ela de baixo da moto, mas o ônibus é muito pesado‘, lamenta Leonardo Alexandre Brito, condutor do ônibus.

Várias pessoas que passavam pela região e funcionários de empresas próximas correram até o veículo e tentaram tombar o ônibus, erguer com vários equipamentos, mas não conseguiram sequer movimentar a motocicleta. Sirlene passou meia hora desesperada, gritando de dor.

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Duas ambulâncias do Siate e um caminhão do Corpo de Bombeiros foram até o local. Mais de dez bombeiros participaram do resgate com muita agilidade, e conseguiram cortar o ônibus para imobilizar a perna de Sirlene.

Ela e o filho foram encaminhados ao Hospital Evangélico e passam bem. A bolsa dela, que ficou presa no rodado traseiro do ônibus, teve de ser rasgada para que ela pudesse levar os documentos.

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Moradores da região garantem que os acidentes graves nesta quadra são freqüentes, porque o ônibus é muito grande para uma via muito estreita. ‘Nós não conseguimos sair de dentro dos prédios e sempre acontecem colisões frontais porque o ônibus precisa invadir a segunda pista para entrar nesta rua.

Para ajudar ficam carros estacionados dos dois lados, deixando a rua que já é pequena, menor ainda‘, desabafa Neuza Carvalho, que mora em um prédio que fica em frente ao local do acidente.

Veja galeria de imagens do acidente.