O Corpo de Bombeiros resgatou, na última quinta-feira (24), uma trabalhadora que ficou pendurada no 9º andar de um prédio, em Curitiba. Ela fazia a limpeza da fachada do edifício quando teve problemas nas cordas e ficou suspensa a cerca de 25 metros de altura. As equipes foram acionadas e fizeram o resgate da mulher em segurança.
A equipe de bombeiros foi acionada após a funcionária perceber que uma das cordas que estava a segurando tinha travado, impedindo que ela conseguisse se deslocar. Como ela estava a cerca de três metros do terraço do prédio, os bombeiros utilizaram técnicas de resgate para içar a trabalhadora.
Apesar dos equipamentos de segurança terem funcionado para travar a trabalhadora, evitando risco de queda, os trabalhos tiveram que ser realizados com agilidade para impedir que a vítima sofresse com a chamada Síndrome da Suspensão Inerte, quando há um represamento da circulação sanguínea, oferecendo risco à pessoa que está pendurada.
A mulher ficou cerca de meia hora suspensa. A partir do momento da chegada dos bombeiros, a ação de resgate durou cerca de sete minutos. “Tivemos que agir com bastante rapidez. Como ela estava próxima ao terraço, consciente e bem orientada, estabelecemos sistemas de cordas para que ela pudesse ser içada com segurança. Se ela tivesse desmaiado, por exemplo, seria muito mais difícil resgatá-la”, explicou o tenente Daniel Kaneko, do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).
O que fazer nesta situação?
Em situações como essa, a orientação dos bombeiros é para que as vítimas tentem manter as pernas em movimento, para ajudar na circulação do sangue pelo corpo.
“Não existe um tempo padrão para que a pessoa comece a ser afetada por esta síndrome. O tempo varia de pessoa para pessoa, com risco inclusive de óbito. Nestes casos, o ideal é que as pessoas mantenham as pernas em movimento, principalmente a panturrilha, que é uma bomba muscular que funciona como um segundo coração e ajuda na circulação do sangue”, explicou.