Na calada da noite

Mulher é encontrada morta e nua em quarto de hotel

Uma mulher de 45 anos foi encontrada morta no quarto de um hotel de alta rotatividade na Alameda Cabral, quase esquina com a Rua Cruz Machado, no centro de Curitiba, na manhã deste domingo (5). A vítima foi encontrada embaixo do colchão da cama, nua, amordaçava com a própria calça e com sinais de esganadura.

Segundo o perito Edimar Cunico, do Instituto de Criminalística, o corpo da mulher já apresentava rigidez, o que significa que o crime aconteceu no começo da madrugada. A mulher não portava documentos, mas foi identificada por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que mantiveram a identificação em sigilo.

A investigação da DHPP apurou também que o crime aconteceu em questão de minutos. Por volta de 00h19, a mulher e um homem foram vistos entrando no hotel. Menos de 10 minutos depois, a 00h28, o homem saiu e voltou para o quarto. Já por volta de 00h47, o assassino saiu sozinho do quarto e não voltou mais.

Câmeras de segurança flagraram toda a movimentação nos corredores do hotel. “A gravação mostrou ainda que, depois que a mulher foi morta, outros dois casais usaram o quarto sem saber que embaixo do colchão havia uma mulher morta”, disse o delegado Renato Coelho, da DHPP.

Imagens de câmeras de segurança devem ajudar à polícia a solucionar o crime. Foto: Átila Alberti.

O corpo da mulher foi encontrado por volta das 10h30 deste domingo, quando a camareira foi limpar o quarto. Ela limpou todo o local e, quando ergueu o colchão para dar os últimos retoques na limpeza, encontrou o corpo. “Ninguém que usou o quarto viu a mulher morta, porque a cama é sustentada por uma estrutura de cimento, o que faz com que só seja possível ver embaixo do colchão se tirá-lo do local”, explicou o delegado.

O hotel onde o crime aconteceu é usado por inúmeras pessoas, prostitutas e clientes, que se hospedam por pouco tempo. “Um dos fatores que impossibilitou a identificação do assassino, é que os responsáveis só fazem cadastro de quem pernoita e não das pessoas que passam algumas horas no local, mas as câmeras de segurança foram importantes”, contou Renato Coelho.

As imagens das câmeras de segurança, conforme explicou o delegado, serão importantíssimas no trabalho de investigação para identificar o assassino. Várias equipes da Polícia Civil e inclusive papiloscopistas estiveram no hotel para coletar o máximo de informações sobre o suspeito, inclusive digitais que poderão ser usadas nas investigações. O contato da DHPP está à disposição de quem possa ajudar a encontrar o suspeito: 0800-6431-121. 

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