Após dois dias de julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba, Francielle Carolina Moscaleski foi condenada, na noite de terça-feira (8), a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado por matar o marido, o policial militar Cassio Ormond Araújo. O crime ocorreu em 2017, no bairro Tarumã, em Curitiba.
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A mulher foi considerada culpada pelos crimes de homicídio qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima e fraude processual. O caso que parecia ser um suicídio, teve uma reviravolta ainda em 2017, após Franciele, que inicialmente negou, entrar em contradição e confessar o crime. Atualmente, ela estava em liberdade.
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Após o julgamento, a defesa de Franciele informou que já entrou com recurso de apelação contra a sentença e explicou que acredita que tribunais superiores vão “reestabelecer a justiça pois a decisão é absolutamente contrária às provas do processo”, como mostrou o portal G1 PR.
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite do dia 23 de julho de 2017, na residência do casal, no bairro Tarumã, em Curitiba. A primeira informação era de que o policial Cassio Ormond de Araújo teria se suicidado, com um tiro na cabeça, mas a perícia no local do crime e o exame de necropsia, feito pelo Instituto Médico-Legal (IML), descartou essa possibilidade. A esposa do policial foi presa um dia depois, ainda em flagrante, e acabou confessando o assassinato, mas disse que a arma disparou sozinha enquanto ela manejava a pistola ponto 40.
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Com a investigação, a polícia concluiu no inquérito que essa primeira versão não batia. “E o que nós concluímos é que não foi acidental, por dois fatores: ela tinha experiência de tiro e com o manejo de arma. Entendemos que, pela forma em que o disparo atingiu a cabeça da vítima, era essa a intenção de Franciele. Por isso, a teoria de disparo acidental não nos convenceu”, disse na época o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Após ser presa, Francielli confessou relatou que atirou por legítima defesa, pois teria sido estuprada e agredida, mas exames não apontaram essa situação. Além disso, a ré passou a alegar que confessou o crime porque estava sob efeito de remédios. Mas o exame de sangue feito não encontrou vestígios de álcool e drogas, muito menos de medicamentos antidepressivos, anticompulsivos, neurolépticos e benzodiazepínicos, ou seja, nada que pudesse alterar o estado de consciência da acusada.
Um mês depois da morte de Cássio, a Justiça concedeu liberdade ao comunicar que ela não poderia mais interferir nas investigações.