Três homens foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná pelos crimes de associação criminosa, cárcere privado, tortura, redução a condição análoga à escravidão e retenção de documentos pessoais supostamente praticados contra abrigados de uma clínica terapêutica em Pontal do Sul, Pontal do Paraná.
O dono do estabelecimento e ex-internos, que eram como ‘monitores’ da clínica são os réus do caso. De acordo com a denúncia, os investigados mantiveram por mais de 15 dias, durante o último mês de abril, seis pessoas em condições de grave sofrimento físico e moral. Há informações também de vítimas adolescentes e idosos.
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Os réus submetiam as vítimas a agressões, privações de alimentação e higiene como aplicação de castigo por supostas desobediências. Os internos apanhavam, tinham as mãos e pernas amarradas e eram submetidos a banho gelado e agressões físicas, como forma de castigo por tentativas de fuga do local, por tentarem comunicar a situação a familiares, entre outros motivos.
As vítimas eram obrigadas a realizar serviços de limpeza e higiene da clínica, inclusive de necessidades fisiológicas feitas nos quartos e corredores por outras vítimas, além de terem seus documentos pessoais retidos pelos denunciados.
As investigações do caso são conduzidas pela Polícia Civil e tiveram início depois que relatos de ex-internos da unidade para a Guarda Municipal. Os réus estão presos preventivamente desde o dia 17 de abril.
Em caso de identificação de novas vítimas e outras pessoas envolvidas com responsáveis pelas agressões, novas denúncias poderão ser oferecidas.