O Ministério Público do Paraná pediu a absolvição das quatro pessoas presas acusadas de envolvimento na chacina de Piraquara, em abril de 2011. A instituição alega falta de provas testemunhais e periciais para a condenação.
As cinco vítimas estavam em uma chácara no bairro Capoeira dos Dinos. O ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, 53 anos, o irmão dele Antônio Luis Carvalho Grando, 46, o vizinho Albino Eliseu da Silva, o empresário Gilmar Reinert e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes foram amarrados e mortos com tiros na cabeça.
Mais de um ano depois da chacina, a polícia divulgou que a ex-mulher do ambientalista, Derise Farias Pereira Grando, teria sido a mandante do crime por motivações financeiras. Edival de Souza e Silva, João Carlos da Rocha e o irmão dele, Adilson da Rocha, também foram presos por suspeita de cometer o crime. Todos negaram qualquer participação na chacina, e apenas um deles permanece preso.
A Promotoria de Piraquara acredita que as provas periciais coletadas não foram suficientes para ligar os réus às mortes. “Além disso, as testemunhas de acusação (muitas delas sigilosas) que, durante o inquérito policial apontaram os réus com os responsáveis pelos assassinatos, se retrataram na fase judicial do que haviam relatado na fase policial”, relatou o MP, por meio de nota.
A Justiça ainda não se pronunciou sobre o pedido do MP, e não há previsão para essa decisão. Caso a absolvição seja acatada, a Polícia Civil poderá receber uma determinação para retomar outras linhas de investigação que havia abandonado.
Átila Alberti |
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Cinco pessoas foram mortas, em 2011, em chácara no Capão dos Dinos. |