Em 2017

Motoristas e cobradores pedem multa para cada atraso salarial

Foto: Gerson Klaina

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc) apresentou na manhã desta quinta-feira (26) suas reivindicações para a Convenção Coletiva de Trabalho de 2017. A primeira reunião a respeito do assunto aconteceu às 10h30 na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) com a presença de representantes do sindicato patronal, Urbs e Comec.

Segundo o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, os 79 itens solicitados foram protocolados ontem e comentados hoje durante o encontro. Dentre as reivindicações destaca-se o pedido de uma multa para acabar com os frequentes atrasos salariais. “Temos tido muita dificuldade com isso, então, queremos uma multa de R$ 500,00 para cada atraso. Nossa intenção não é ganhar a multa, mas incentivar que o pagamento seja feito em dia”, pontua.

Além disso, a classe pede reajuste salarial de 15% sobre o piso e o requerimento para que o valor do Auxílio Alimentação seja igual ao oferecido aos funcionários da Urbs que atuam no transporte coletivo. “Hoje os colaboradores da Urbs recebem R$ 977,22 e os motoristas e cobradores possuem um Cartão Alimentação no valor de R$ 500 mensais. Como é o mesmo período de trabalho e dentro do mesmo sistema, queremos a equiparação desse valor”, explica Anderson.

Outra solicitação, e acordo com ele, é a extinção do intervalo intrajornada para trabalhadores do transporte urbano e metropolitano. “Temos trabalhadores, principalmente da região metropolitana, que ficam 12h à disposição da empresa porque trabalham quatro horas pela manhã, fazem intervalo de seis horas e trabalham mais duas no fim da tarde. Isso envolve o trabalhador praticamente o dia todo”.

Negociações

O Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp) afirmou que recebeu a pauta de reivindicações e está analisando, devendo se pronunciar sobre o assunto no início da próxima semana.

Depois que entrarem em acordo, o sindicato patronal poderá estimar o custo total necessário para manutenção do serviço de transporte e passar as informações à Urbanização de Curitiba (Urbs), que definirá o valor da tarifa para os usuários.

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