Depois dos casos recentes de violência registrados no transporte público de Curitiba a discussão a respeito da segurança nos ônibus chegou ao palanque da Câmara Municipal. O tema será debatido na tarde dessa sexta-feira (15) na primeira audiência da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública da Câmara de Curitiba.
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A audiência pública reuniu representantes do Executivo Municipal, Estadual e sindicatos. De acordo com o diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Waldir Fonseca, a instalação de câmeras de segurança dentro dos ônibus será uma das principais solicitações dos trabalhadores a serem abordadas na reunião. “Estamos assustados com a banalização da violência. É necessário que medidas eficazes sejam adotadas urgentemente para proteger tanto os motoristas e cobradores, como a própria população”, afirma.
Representantes da Polícia Civil também compareceram à audiência. Segundo o delegado-chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, Miguel Stadler, o emprego da violência é o principal fator a ser combatido. De acordo com ele, a polícia tem adotado as medidas necessárias para punir os criminosos, e a participação popular nos casos de furto, é muito importante. “É essencial que a população denuncie os casos de furto dentro dos ônibus para que a polícia possa identificar de forma mais precisa os locais onde os bandidos atuam”, afirma.
Para o presidente da comissão, o vereador Rogério Campos (PSC), o objetivo principal da audiência, é delinear a aplicabilidade das medidas de segurança solicitadas pelos representantes da sociedade civil e usuários do transporte coletivo. “Os elementos necessários para que haja mais segurança no transporte de Curitiba já existem. O objetivo agora é definir a forma com qual eles serão viabilizados”, declara.
Em relação ao combate à violência nas linhas de ônibus da capital, o secretário de trânsito e defesa social de Curitiba, Guilherme Rangel, ressalta a importância do trabalho conjunto das forças policiais, desde a identificação dos criminosos, até medidas punitivas eficazes. “A integração entre Guarda Municipal e as polícias Civil e Militar deve deve garantir que os criminosos sejam localizados, presos, e que não voltem a cometer esses delitos – servindo de exemplo para outros bandidos”, ressalta.
Por meio de nota, o Setransp também se manifestou e informou que informou que já contribui com ações para conter a violência . A secretaria sugeriu outras medidas – além da instalação das câmeras de vigilância e botões de pânico – nos ônibus de Curitiba. De acordo com a pasta, a retirada do dinheiro das linhas traria resultados mais efetivos no combate à violência no transporte público da capital.