A Polícia Civil de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, não descarta que a morte do soldado Lukas Raffael Gasparin Brandt, 29 anos, do 17.° Batalhão da Polícia Miltar (PM), tenha sido ocasionada por acidente doloso – quando o autor assume uma conduta de risco). A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira (16) pelo delegado Amadeu Trevisan, responsável pela investigação.
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Segundo o delegado, o motorista do caminhão que atingiu a moto do soldado teria ingerido bebida alcoólica no dia do acidente, o que caracterizaria o dolo. A tragédia ocorreu na noite de sábado (13), por volta das 18h30, na Alameda Arpo, no Jardim Cruzeiro, em São José dos Pinhais, quando Lukas Brandt deixava o plantão no quartel da PM.
A afirmação do delgado Amadeu Trevisan foi feita um dia depois de o caminhoneiro ter se apresentado à polícia, para assumir a responsabilidade pelo acidente. Na tarde de segunda-feira (15), ao lado do advogado de defesa, o motorista foi até o local para tentar ser ouvido, mas Trevisan o dispensou por falta de agenda.
A dispensa do motorista causou desconforto, já que o caso envolvendo a morte de um policial militar repercutiu e causou comoção. O advogado de defesa chegou a falar com a imprensa na saída da delegacia, afirmando que o motorista é um cidadão de bem, sem antecedentes, e que, naquele dia, apenas teria ingerido duas cervejas no horário do almoço.
Trevisan explicou que deve ouvir o motorista e outras testemunhas dentro dos prazos do inquérito. “Não há pedido de prisão contra ele. Também já passou o tempo do flagrante. O inquérito está tendo uma tramitação normal. Entendemos que em casos de muita comoção temos que estar bem tranquilos para montar uma boa prova, demonstrar bem a autoria, a materialidade do delito”, disse o delegado, que também comentou sobre a agenda da delegacia. “Nós temos um andamento. A pessoa não chega aqui para ser ouvida a hora que quer. É preciso ser intimada, agendar. Não havia nada programado com relação a isso”.
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Sobre a investigação na linha de um acidente doloso, pesou o fato da esposa e do advogado afirmarem, em um primeiro momento, que o motorista ingeriu bebida alcoólica. “O que sabemos é que ele estava bêbado. Que ele entrou na contramão. E as provas estão nos autos. Tudo o que eu digo é baseado no que eu coleto no inquérito policial. Sabemos que ele não usou os freios, a não seu depois que ele sente um solavanco e se aproxima do meio-fio. Isso tudo pode indicar essa condição”, afirmou.
Nos próximos dias, além do motorista do caminhão, a polícia deve voltar a ouvir a esposa dele, policiais militares que atenderam a ocorrência e outras testemunhas já identificadas na região próxima do acidente. Segundo a polícia, o caminhão já passou por perícia e o flagrante do motorista não foi feito no sábado por ele não ter sido encontrado.
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