O motociclista que atropelou três pessoas no Batel, em Curitiba, no último sábado (7), estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde 2016, pelo mesmo motivo do crime do fim de semana: manobras com a moto. O fato foi confirmado pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) que afirma que o motociclista, de 22 anos, irá usar tornozeleira eletrônica após receber alta do Hospital Marcelino Champagnat. O jovem está internado sob escolta da Polícia Militar (PM).

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“Da outra vez que ele foi autuado não chegou a ter nenhuma vítima, e ainda não existia a legislação que considerava crime esse tipo de ato. A lei passou a valer em abril deste ano, por isso desta vez ele responde criminalmente”, explica o delegado Anderson Franco, do Dedetran.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), esse tipo de prática implica em pena de 3 a 6 anos para cada vítima em estado grave. Foi um parecer do Ministério Público, porém, que determinou que o motociclista responda em liberdade. Segundo o delegado, a tornozeleira será colocada no motociclista assim que ele receber alta do hospital. “Com o aparelho, ele será monitorado pela polícia. Só poderá sair de casa em dias de semana, entre 6h e 20h”, esclarece Franco.

Relembre o caso

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O acidente aconteceu no sábado na Avenida do Batel, próximo ao Shopping Pátio Batel, por volta das 16h. Entre as vítimas está uma menina de apenas 8 anos, que foi atingida pela moto na calçada enquanto esperava em um ponto de ônibus. Ela foi encaminhada em estado grave ao Hospital Evangélico, e seguia internada até a noite desta segunda.

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Além da garota, uma mulher de 38 anos também ficou machucada com gravidade e precisou ser levada ao Hospital do Trabalhador. Uma idosa de 88 anos também foi atingida pela moto, mas seus ferimentos foram considerados leves.

Manobras perigosas

Conforme o delegado Anderson Franco, esta é a primeira vez que um crime de manobras perigosas com a motocicleta gera vítimas graves em Curitiba — ao menos desde a implantação da nova norma do CTB, em abril deste ano. “Mas, ao menos uma vez por semana, nós recebemos denúncias de motociclistas fazendo esse tipo de prática, que só não geraram acidentes por sorte”, afirma.

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