Moradores de Mandirituba só falavam sobre o homem encontrado queimado com a moto, na localidade de Queimados, na continuação da Rua Sirlei Dranka Palu, na manhã desta terça-feira (15). O homem, que antes de ser queimado foi agredido a pedradas, estava com, pelo menos, 60% do corpo carbonizado. A moto também foi destruída pelo fogo. A vítima não foi identificada.

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Policiais descobriram que a moto foi roubada na noite de anteontem, horas antes do crime. O dono da moto chegou ao local e foi encaminhado à delegacia de Fazenda Rio Grande. Carlos Eduardo Coutinho, 25 anos, estava com marcas de agressão no rosto e tinha as roupas sujas de terra. O delegado Fábio Machado dos Santos, informou que Carlos foi ouvido e liberado por falta de provas. “As circunstâncias serão levadas em consideração, mas não podemos chegar à conclusão nenhuma por enquanto”, destacou.

Roubo

Carlos contou que foi roubado por volta das 23h de segunda-feira. “Dois rapazes me abordaram em frente a um mercado e, sem que eu tirasse o capacete, disseram que era um assalto. Entreguei a moto, mas deram vários socos no meu rosto, por cima do capacete”, contou o rapaz. Um dos bandidos vestia blusa preta e o outro branca.

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O jovem disse que pediu ajuda a um amigo e passou a noite na casa dele. “No caminho para registrar o roubo na polícia, me contaram que uma moto tinha sido encontrada bem perto de onde eu tinha sido assaltado”, relatou Carlos. O rapaz abordou uma viatura da Guarda Municipal, que o levou até o local onde estava o corpo queimado e ele só reconheceu a moto. “Não era o rapaz que me assaltou”.

Sensação

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Carlos está em liberdade há cinco meses. “Fiquei três anos preso por roubo à mão armada, roubei uma chácara. Agora posso dizer que a sensação de ser roubado é horrível. “Queria reagir ao assalto, mas sem que eu fizesse nada já apanhei, imagina se eu tivesse feito alguma coisa”, disse.